Já foi um lago romano, antes
disso, berço de civilizações, hoje é uma muralha de água onde se afundam os sonhos
de quem foge à barbárie.
De um lado está o condomínio
europeu, paraíso (democrático) do consumo, no outro está a fome, o fanatismo e a guerra. Quem construiu o condomínio europeu, fê-lo numa lógica egoísta,
descolonizadora, deixando atrás de si, falsos países, conflitos intermináveis. Sabia
ou devia saber, que mais tarde ou mais cedo, as suas fronteiras seriam
acometidas por hordas de miseráveis, impossíveis de acolher. Um terrível dilema
que só pode ser resolvido fora da Europa, e quando esta se libertar dos inventores
do condomínio! Quando recuperar o velho estatuto civilizador. Caso contrário, prosseguir
nesta política meramente assistencial, será um suicídio. E nunca vai resolver o
problema de Lampedusa.
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