Somos gente crescida, eu quase
com setenta anos e tu perto dos mil, está na hora de uma conversa em família. O
que achas?!
E vamos dizer a verdade. E a
verdade é que estes dois últimos séculos não te correram nada bem. Primeiro foi
a revolução liberal, burguesa e importada, que trocou o ‘Deus, Pátria, Rei’ da
tradição pela trilogia – ‘liberdade, igualdade e fraternidade’. Uma utopia
devastadora. Depois, foi a implantação artificial da república (o termo ‘implante’
diz tudo!) e o que tinha que piorar, piorou. Liquidada a monarquia a
representação nacional sofreu um enorme revés. A expressão Pátria já não diz
nada a ninguém.
Sendo assim, o que é ‘isto’ agora?!
Uma região europeia?! Um aldeamento
turístico?! Uma selecção de futebol?!
Eu sei que ‘isto’ não era para
ser país. E tu sabes isso tão bem como eu. Ganhaste (e justificaste) a tua independência
na cruzada contra a moirama, na reconquista peninsular. A Cruz é a tua bandeira
e o teu Brazão de armas. Tudo o mais, incluindo as Tordesilhas, veio por
acréscimo. Nunca te esqueças disso. Aliás, mesmo que te esqueças, a fé e o
império que dilataste, estão aí para te reavivar a memória. Por ironia do destino,
é essa a tua sorte.
Mas tens que fazer alguma coisa por
isso. Não podes ficar á espera que um presidente da república, prisioneiro da
laicidade, possa empunhar a Cruz e avançar contra os inimigos dessa mesma Cruz!
Isso é uma teimosia infantil. Ele não tem, nem quer ter, representação para tal.
Pode quando muito balbuciar uma série de frases ideológicas, que não mobilizam
ninguém, e farão rir aqueles que acreditam e morrem por algum Deus. Mesmo que
esse Deus não seja o verdadeiro.
Conversa acabada.
Conversa acabada.
Saudações monárquicas
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