Rui
Rio confrontou os outros dois candidatos à liderança do PSD sobre o
facto de pertencerem ou não a alguma maçonaria e eu acho que fez
bem. É claro que logo apareceram vozes, José Miguel Júdice, por
exemplo, a criticarem Rio com aqueles argumentos que já todos
conhecemos: – ataques pessoais, jogo sujo, e comparações com
Donald Trump. Argumentos que distorcem a realidade, e que no fundo,
são sempre a favor da opacidade, que é o contrário da
transparência!
A
ver se nos entendemos, o problema não é pertencer à maçonaria,
seja ela qual for, de facto uma decisão do domínio privado e cada
um faz o que quer da sua vida. Desde que evidentemente o faça dentro
da legalidade vigente. Acontece porém, que ao contrário de outras
organizações de filiados ou adeptos, os maçons, não se
identificam como tal, nem existe nada que identifique a sua ligação a este tipo de organizações! Organizações que como sabemos cultivam
o secretismo, e que existem como se não existissem! Daí as suspeitas sobre os
seus verdadeiros objectivos e métodos. Suspeitas que recaem naturalmente sobre aqueles que suspeitamos serem seus adeptos ou
membros.
É
por esta ordem de razões e não por outras que Rui Rio confrontou
Montenegro e Pinto Luz. Razões simples de entender porque o que está
em causa não é da vida privada de ninguém mas sim a vida pública
que os candidatos pretendem assumir. Cargos públicos que envolvem a
representação de terceiros, e onde facilmente podem surgir
conflitos de interesses. E nestas circunstâncias subsiste sempre a dúvida sobre
os interesses que prevalecem! Serão aqueles pelos quais foram
eleitos?! Ou serão outros, secretos, de uma agenda que os eleitores
desconhecem?!
Nada
como um bom exemplo: - quando um padre católico se candidata a
determinado cargo público, os eleitores sabem, primeiro, que ele é
padre, segundo, que em caso de conflito de interesses entre a
obediência a Deus e a obediência aos homens, ele optará por Deus.
E ninguém sai enganado.
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