Hoje é dia da raça e por decreto somos todos da mesma raça, incluindo animais e plantas. Da mesma raça mas com algumas diferenças, por exemplo, há uma raça de portugueses que gostam de banca rota, e há outra que não. Outro exemplo, há uma raça que não se importa nada de ser governada por estrangeiros, e há outra que se importa. Mas a raça que a república mais gosta de cultivar (e aperfeiçoar) é aquela que vive e engorda à conta do estado, raça que enriqueceu muito a seguir ao 25 de Abril. Este é o momento para interromper o discurso (da raça) e dar um viva ao regime que assim permite tão fácil e promissora ascensão social! Bravo! Depois temos a raça dos quinhentos euros base, bastante numerosa, que protesta um bocadinho, mas não passa disso.
Esclarecidos sobre a raça, passemos a um dos dias mais enervantes (e fastidiosos) do calendário político! Piores (porque festejam guerras civis) só o cinco de Outubro e o 25 de Abril! No dez de Junho, à boleia de Camões, fazemos discursos vazios, que não mobilizam ninguém, não dão esperança a ninguém, e servem apenas para a nomenclatura se exibir e medalhar. Se acontece algum acto de justiça, é coisa rara. Aliás, uma nação outrora independente, e que (voluntáriamente) se transformou num protectorado, quanto mais não seja por uma questão de pudor, não devia auto promover-se (leia-se, festejar) nem dar medalhas a ninguém.
Tenho dito.
Esclarecidos sobre a raça, passemos a um dos dias mais enervantes (e fastidiosos) do calendário político! Piores (porque festejam guerras civis) só o cinco de Outubro e o 25 de Abril! No dez de Junho, à boleia de Camões, fazemos discursos vazios, que não mobilizam ninguém, não dão esperança a ninguém, e servem apenas para a nomenclatura se exibir e medalhar. Se acontece algum acto de justiça, é coisa rara. Aliás, uma nação outrora independente, e que (voluntáriamente) se transformou num protectorado, quanto mais não seja por uma questão de pudor, não devia auto promover-se (leia-se, festejar) nem dar medalhas a ninguém.
Tenho dito.
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