Desta vez não falhei o encontro, dia da Assunção de Nossa Senhora, meti-me ao caminho e lá fui. Entre cânticos suaves medi o arco e as colunas demorei-me na Cruz de Santiago que enfeita o púlpito, quase adormeci. A luz do entardecer e poucas horas de sono, confesso que foi um momento difícil. Recompus-me para ouvir a homilia, simpatizo com o sacerdote, explica bem as coisas, confronta a vida dos fiéis, em profundidade, isso traz-me sempre algum desconforto, mas não é por isso que falto, são outras coisas. É mais cómodo guardar uma distância conveniente do serviço religioso, o dragão que ficou á porta da Igreja, o mesmo que me vai devorando, também precisa de viver. Despertei definitivamente quando rezámos pelo Iraque – morreram hoje duzentas pessoas, vítimas inocentes de uma guerra que ninguém consegue explicar. Como lembrou o celebrante, “o Iraque vive uma violência brutal como é também brutal a indiferença do Ocidente”!
Quem são os homens (seremos mesmo homens!) que consentem tamanha barbaridade!
Salvé Rainha, rogai por nós.
Quem são os homens (seremos mesmo homens!) que consentem tamanha barbaridade!
Salvé Rainha, rogai por nós.
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