Democrata dos quatro costados, começou por ser indiferente, na juventude alistou-se numa esquerda qualquer, preferia ter sido social democrata mas não havia vagas para a direcção, foi parar aos socialistas, singrou, defendeu calorosamente a independência para as colónias, nada de parcerias ou outras associações com a mãe pátria, bateu-se a seguir e com igual vigor pela associação da mãe pátria com outros estados, declaradamente mais fortes e mais ricos, embrenhou-se entusiasticamente nessa excitante aventura, e a cada novo avanço, por cada tranche recebida, acreditou mais e mais nesse projecto. Da sua boca só se ouviam frases pouco perceptíveis mas optimistas, a diplomacia passou dos gabinetes para o laboratório, experimentou a realidade entre tubos de ensaio e retortas de alquimista. Por fim, vislumbrou a garantia de uma constituição ao fundo do túnel, saiu-lhe um tratado, menos mau! Bem se esforçou por se agarrar ao pelotão da frente, sacrificou a nação inteira a essa quimera, sobrecarregou-a de burocracia e impostos, falhou, hoje a carga fiscal não a deixa sequer pedalar, mexe as pernas mas não se mexe, atrasa-se cada vez mais. Para cúmulo e de onde menos esperava surgiram os esticões decisivos, um húngaro envergando a camisola tricolor decretou explicitamente que a concorrência quando nasce não é para todos! Na sua roda seguem os favoritos do costume, a volta é deles e não há volta a dar. A nossa bicicleta tem remos nos pedais, foi feita para navegar. Desesperado, sabe que não pode desistir, seria o seu fim. Além do mais, habituou-se ao poder, precisa das luzes da ribalta, e se não lhe oferecerem um emprego na europa, a europa pode esperar! Ele sabe para onde sopra o vento. Sarkozy abriu um caminho, também saberei percorrê-lo.
Serei o próximo socialista, verde ou encarnado, adivinhem!
Serei o próximo socialista, verde ou encarnado, adivinhem!
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