Só para dizer o seguinte: vocês sabem, não há solução para este país, a não ser pela força. Nem vai ser preciso muita, isso também é sabido. Como sempre acontece, o regime, esta espécie de regime, irreformável, cairá de podre e a história há-de repetir-se. A causa próxima que ditará o seu fim é bem capaz de ser um 'ultimatum', a dívida como pano de fundo. O que irá passar-se a seguir, cá dentro, não depende de nós. Depende dos aliados disponíveis.
Entretanto os sintomas da crise agravam-se, estão à vista de todos: - as eleições autárquicas, confrangedoras, só interessam à nomenclatura, ou seja, aos responsáveis pela situação confrangedora a que chegámos! Os portugueses escondem a cabeça na areia, não querem enfrentar a realidade. E para quem dizia que o 'estado novo' usava o futebol, a religião e o fado para alienar 'o povo', deve estar arrependido do que disse. Com efeito a alienação generalizou-se a todos os estratos da população e o futebol, pode dizer-se, transformou-se numa 'religião de estado'! Religião com os seus deuses e os seus demónios, fácilmente identificável - colorida de verde e encarnado, com sede na capital. É uma característica dos regimes de partido único, ao estilo soviético, prato do dia servido a todas as horas, intervalado pelas telenovelas! Dir-se-á que esta é uma doença da civilização, que não é apenas oriunda do rectângulo. Admito que sim, mas aqui a doença é mortal. E quem me há-de contrariar face aos últimos episódios de uma história absurda que mete um avançado do Benfica que quis bater no seu treinador e depois o vem defender quando este resolveu bater na polícia! Claro que o melhor de tudo vai ser o final (como acontece em qualquer telenovela): - a polícia é desmentida e castigada, o treinador e o avançado fazem as pazes e recebem enorme ovação do estádio inteiro, de pé! Se calhar tenho jeito para fazer guiões de telenovelas.
Saudações monárquicas
1 comentário:
qual que eu quero é uma nota sua a esta palhaçada
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