Não se trata de duplicar o
romance de Dumas, cheio de mosqueteiros e espadachins, o que hoje aqui me traz,
é um balanço, uma reflexão sobre mais quarenta anos do… mesmo! As semelhanças
são fatais! Tal como a república anterior, que já durara mais do que o
previsto, por força de uma guerra (subversiva) dirigida do exterior, também
esta, a terceira, vai durando graças a um pacto de credores internacionais.
Em ambas a mesma triste
coincidência: - sujeição, imobilismo, ausência de horizonte ou de futuro.
Não é que eu seja um adepto do
futuro, igual àquelas pessoas que o imaginam sempre belo e risonho, em
comparação com um passado sempre triste e atrasado! Não, para mim todas as
épocas se equivalem, seja veículo a carroça, o motor a carvão ou a jacto. O que
interessa é a consciência da situação, a nobreza do gesto, a soberania da
comunidade. Assim haja comunidade.
Por isso, talvez só por isso,
estamos pior que ontem, mau grado a solidariedade apregoada, oficial ou
oficiosa. O que vemos é fraternidade postiça, desigualdade crescente, e liberdade
minguante na cabeça de todos e cada um de nós. Tal como o peru, estamos prontos
para a ceia. Há réveillons a duzentos euros por bico! Com direito a variedades.
E estão esgotados! Pois que viva a crise! E o tribunal constitucional, que não deixa diminuir a despesa do Estado! Aumentar, sim!
Boas entradas e…saudações monárquicas.
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