terça-feira, abril 11, 2017

Ao correr da pena…

Sobre o aumento da dívida Rui Ramos deixa avisos (e dúvidas) no Observador:

‘Mas para que são as preocupações, enquanto a União Europeia mantiver Portugal ligado ao pulmão de aço do BCE? Em 2008, o mundo descobriu o sub-prime: empréstimos de alto risco a quem não podia pagar. O BCE está a produzir um outro tipo de sub-prime: o financiamento politicamente motivado de Estados que recusam reformar-se…Um dia também este sub-prime será descoberto. Bastará, por exemplo, que alguma eleição corra mal na França ou na Alemanha.'

Sobre este assunto ocorre-me Camões quando cantava a ‘lusitana antiga liberdade’, afinal o bem mais precioso da Pátria. É que a dívida será sempre a nossa grilheta, o sinal da escravidão. Assim, e por mais elogios que se façam ao governo, o próximo 25 de abril será o menos livre desta terceira república. Nem sei bem o que iremos comemorar!

Noutro quadrante António Costa deu uma entrevista ao El País pedindo novamente a cabeça do actual presidente do Eurogrupo. E novamente no local errado! A novidade é que sugere o nome do espanhol Guindos para substituir o holandês. Isto transporta-nos directamente para uma encruzilhada da história! A equação é a seguinte: - o governo prefere os Filipes, a nossa velha aliada fez-se ao largo e abandonou-nos. Entretanto no sul de Espanha jovens finalistas portugueses, qual ala dos namorados, tentam reeditar Aljubarrota e destroem um hotel. Em que ficamos?!


Saudações monárquicas


* Em itálico, retirado com a devida vénia do jornal Observador de hoje.

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