Por causa de uma avaria no ‘sistema’, aqui estou eu prisioneiro de uma chamada da menina do ‘sapo’ ou da ‘telecom’, pessoas e entidades que nem conheço!
Antigamente, quando escrevinhava para a disquete e esperava pela respectiva publicação, a cargo de ‘Servidores’ de confiança, nunca tive que ficar em casa a aboborar. Agora, a independência é...isto!
Bem, mas o tema da conversa de hoje é: - ‘a minha liberdade de expressão’ ou em alternativa ‘os meus direitos e deveres’.
Talvez começar por referir que esta questão dos deveres é um assunto muito pouco debatido entre nós, e quando o é, acaba normalmente asfixiado por uma série de direitos da espécie dos cogumelos. Quero dizer que nascem por toda a parte e ao menor descuido!
Fui ensinado a equilibrar direitos com deveres numa perspectiva de contas saldadas. Também consigo perceber que nascemos com mais direitos que deveres em função da fragilidade da vida humana. E compreendo que se assista a uma inversão à medida do crescimento e das responsabilidades assumidas.
Mas a verdade é que a história do homem é sempre contada como uma aventura em busca de direitos, nunca de deveres! As Religiões vão temperando este desfazamento como podem, lembram obrigações e contratos por honrar, vínculos que não se devem destruir, mas nada conseguem contra este verdadeiro massacre de direitos.
Direitos que essa entidade abstracta e mítica a que chamamos Estado deve satisfazer de imediato, sob pena de tumulto ou mudança de governo.
Curioso é que estes direitos se afirmam sempre no mesmo sentido, contra a Fé dos homens!
É talvez por isso que a cada anúncio de um novo direito que me querem atribuir ou dar, eu reajo tão negativamente – como se me estivessem a espoliar de alguma coisa com valor.
Posso então admitir que sou um privilegiado, um reacionário a defender o que é ilegítimo, um entrave ao progresso e desenvolvimento da humanidade na sua caminhada triunfal em direcção ao paraíso!
Vencido mas não convencido, uma dúvida condicional atravessa ainda o meu espírito – se as propostas de novos direitos surgem normalmente do lado dos que não acreditam em paraísos, não andará por aqui um tremendo oportunismo?!
É por esta altura que me costumo lembrar daquela historieta que uma vez certamente aconteceu: - um pequeno grupo de pessoas resolveu fundar um clube para praticar o seu desporto favorito, o pingue-pongue. Mas foi preciso contemplar nos estatutos uns quantos direitos de associação e por essa via foram entrando no clube muitas pessoas que não gostavam de pingue-pongue. Um belo dia fez-se uma assembleia convocada à luz de outros direitos obrigatórios e ficou decidido por maioria que doravante nunca mais se jogaria ali pingue-pongue.
E o clube cresceu feliz e contente.
Não me perguntem para onde é que foram os jogadores de pingue-pongue, porque isso não interessa minimamente.
Eles só tinham o dever de deixar passar o ‘comboio da história’!
Antigamente, quando escrevinhava para a disquete e esperava pela respectiva publicação, a cargo de ‘Servidores’ de confiança, nunca tive que ficar em casa a aboborar. Agora, a independência é...isto!
Bem, mas o tema da conversa de hoje é: - ‘a minha liberdade de expressão’ ou em alternativa ‘os meus direitos e deveres’.
Talvez começar por referir que esta questão dos deveres é um assunto muito pouco debatido entre nós, e quando o é, acaba normalmente asfixiado por uma série de direitos da espécie dos cogumelos. Quero dizer que nascem por toda a parte e ao menor descuido!
Fui ensinado a equilibrar direitos com deveres numa perspectiva de contas saldadas. Também consigo perceber que nascemos com mais direitos que deveres em função da fragilidade da vida humana. E compreendo que se assista a uma inversão à medida do crescimento e das responsabilidades assumidas.
Mas a verdade é que a história do homem é sempre contada como uma aventura em busca de direitos, nunca de deveres! As Religiões vão temperando este desfazamento como podem, lembram obrigações e contratos por honrar, vínculos que não se devem destruir, mas nada conseguem contra este verdadeiro massacre de direitos.
Direitos que essa entidade abstracta e mítica a que chamamos Estado deve satisfazer de imediato, sob pena de tumulto ou mudança de governo.
Curioso é que estes direitos se afirmam sempre no mesmo sentido, contra a Fé dos homens!
É talvez por isso que a cada anúncio de um novo direito que me querem atribuir ou dar, eu reajo tão negativamente – como se me estivessem a espoliar de alguma coisa com valor.
Posso então admitir que sou um privilegiado, um reacionário a defender o que é ilegítimo, um entrave ao progresso e desenvolvimento da humanidade na sua caminhada triunfal em direcção ao paraíso!
Vencido mas não convencido, uma dúvida condicional atravessa ainda o meu espírito – se as propostas de novos direitos surgem normalmente do lado dos que não acreditam em paraísos, não andará por aqui um tremendo oportunismo?!
É por esta altura que me costumo lembrar daquela historieta que uma vez certamente aconteceu: - um pequeno grupo de pessoas resolveu fundar um clube para praticar o seu desporto favorito, o pingue-pongue. Mas foi preciso contemplar nos estatutos uns quantos direitos de associação e por essa via foram entrando no clube muitas pessoas que não gostavam de pingue-pongue. Um belo dia fez-se uma assembleia convocada à luz de outros direitos obrigatórios e ficou decidido por maioria que doravante nunca mais se jogaria ali pingue-pongue.
E o clube cresceu feliz e contente.
Não me perguntem para onde é que foram os jogadores de pingue-pongue, porque isso não interessa minimamente.
Eles só tinham o dever de deixar passar o ‘comboio da história’!
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