Sempre nos fizeram crer que Lisboa antes do terramoto de 1755 era feia, suja, antiquada, e que a reconstrução operada pelo Marquez de Pombal a transformou numa das mais belas cidades da Europa. Nada mais falso. Lisboa sempre foi elogiada pela sua beleza e as imagens virtuais que a tecnologia consegue revelar mostram-nos aquilo que era óbvio: - uma cidade harmoniosa, virada para o rio, respeitando a história e o sentido de praças, ruas e lugares.
Pelo contrário, Sebastião Carvalho e Melo, homem sem dúvida determinado, privilegiou uma arquitectura (a régua e esquadro), sem diversidade, fortemente igualitária, onde nada nem ninguém se podia destacar, incluindo as Igrejas! Esta Lisboa pombalina tem a sua apoteose numa praça bonita (o sítio também ajuda) com um senão: - chama-se do Comércio mas não tem comércio, chama-se Terreiro do Paço, mas não tem Paço!
Está hoje infestada de ministérios e é apenas cruzada por quem se dirige à outra banda. Neste sentido tem razão o poeta que acusou Pombal de plantar barrotes em lugar de árvores.
Mas a obra de Pombal também pode ser acusada de afastar a população do rio. Em vez de construir segundo a antiga traça, pondo a cidade à beira do Tejo, preferiu continentalizá-la apontando na perpendicular em direcção às avenidas novas e ao Campo Grande! Onde a maresia não se sente e os barquinhos que existem são os do respectivo lago. Há patinhos… mas não há oriente.
Saudações monárquicas
Pelo contrário, Sebastião Carvalho e Melo, homem sem dúvida determinado, privilegiou uma arquitectura (a régua e esquadro), sem diversidade, fortemente igualitária, onde nada nem ninguém se podia destacar, incluindo as Igrejas! Esta Lisboa pombalina tem a sua apoteose numa praça bonita (o sítio também ajuda) com um senão: - chama-se do Comércio mas não tem comércio, chama-se Terreiro do Paço, mas não tem Paço!
Está hoje infestada de ministérios e é apenas cruzada por quem se dirige à outra banda. Neste sentido tem razão o poeta que acusou Pombal de plantar barrotes em lugar de árvores.
Mas a obra de Pombal também pode ser acusada de afastar a população do rio. Em vez de construir segundo a antiga traça, pondo a cidade à beira do Tejo, preferiu continentalizá-la apontando na perpendicular em direcção às avenidas novas e ao Campo Grande! Onde a maresia não se sente e os barquinhos que existem são os do respectivo lago. Há patinhos… mas não há oriente.
Saudações monárquicas
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