segunda-feira, novembro 08, 2010

Public party

Reduzido no seu objecto social a dar sustento à sua própria máquina trituradora, o estado português bem pode esperar por melhores dias! De facto, o país é hoje propriedade indiscutível da enorme massa humana que se senta à mesa do orçamento e que, directa ou indirectamente, com lugares sentados ou em pé, com mais ou menos talheres, tudo gasta e tudo consome de forma insaciável. Nem sequer ficam de fora os bancos e as grandes empresas, antes pelo contrário, têm lugar cativo, negócios certos, confundem-se com o próprio estado!
É este o maior partido português, é ele que decide as eleições, é ele que alimenta o parlamento, é ele que consome os impostos, é por ele que nos endividamos todos os dias, é por causa dele que todos os dias perdemos a independência.

Dito isto, assaltam-me várias conclusões e algumas perguntas:
A primeira conclusão é que um país destes é ingovernável.
Segunda conclusão: - É impossível derrubar por meios pacíficos a ditadura deste ‘public party’.
E surge a primeira pergunta: - Como regressar ao objecto social desta grande empresa chamada Portugal, ao único admissível, que passa obrigatóriamente por tratar todos os seus filhos de forma equitativa, sem pôr em risco o futuro da comunidade?!
Segunda pergunta: Porque não aceitar a inevitabilidade de um país que terá sempre muitos funcionários públicos, muitos negócios dependentes do estado, mas onde o leque de remunerações terá de ser obrigatóriamente baixo, e os negócios parcos e muito bem pensados?!
Salazar funcionava assim e o estado funcionava bem e sem dívidas.
Até me custa dar este exemplo… de quem traiu a monarquia e hipotecou com isso o futuro de Portugal. Como agora e todos os dias se demonstra.

Saudações monárquicas

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