Farto desta ‘união europeia’ que não faz outra coisa senão martelar-me os ouvidos com os juros da dívida, decidi experimentar ser europeu por um dia! Mas europeu a sério. Assim, levantei-me da cama com a energia de um prussiano, lavei-me com a parcimónia de um gaulês, vesti-me ao som de uma área napolitana e corri para o emprego na expectativa de cumprir (por uma vez) com a pontualidade britânica. Já no emprego voltei a ser português. Pedi ao meu colega que aguentasse o barco e fui (num instante) tomar o pequeno-almoço. Quando o chefe chegou, foi ele que nos pediu que aguentássemos o escritório porque tinha que sair. Dois dedos de conversa, trabalhar o que fosse preciso, e eram horas de almoço. Então onde é que vamos almoçar?!
Que saudades desta Europa onde era possível passar uma manhã de trabalho sem nos preocuparmos com os juros da dívida! Porque não havia dívidas?! Talvez houvesse, mas eram à nossa medida e eram para pagar. Também por isso as agências de rating andavam sossegadas.
Que saudades desta Europa onde era possível passar uma manhã de trabalho sem nos preocuparmos com os juros da dívida! Porque não havia dívidas?! Talvez houvesse, mas eram à nossa medida e eram para pagar. Também por isso as agências de rating andavam sossegadas.
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