segunda-feira, fevereiro 04, 2013

Jaime Neves, fronteiro de Abril!

O interregno é um tempo de esquecimento, um tempo morno, de pequenos lances, poucos cometimentos, meias verdades, muitas mentiras, um tempo em que todos vivem bem com o mal dos outros. Os princípios ficam a meio, a Pátria é conceito abandonado, as novas gerações não a reconhecem. Não a reconhecem porque não traz segurança, não dá emprego, não está nas prateleiras dos hipermercados, não se ouve nos hi-phones!


Jaime Neves é um desconhecido. Curiosamente, apenas a esquerda o identifica, foi um adversário. A direita não existe, nem na memória, nem no pensamento.


O antigo comando morreu recentemente de forma discreta, não houve estremecimento nacional. No seu tempo, quando defendíamos o império, conheci-o, um breve encontro em Setúbal, partia ele para mais uma missão em África. Alguns anos mais tarde, em Novembro de 1975, defendeu a liberdade de todos contra ‘as liberdades’ de alguns. Contra as liberdades de Álvaro Cunhal! Venceu. Entretanto o país foi vencido. Essa a razão por que não houve um voto de pesar unânime na assembleia da república!


O interregno continua.

Sem comentários: