Uma longa maré cheia de sonhos e
promessas, também de aviltamentos e traições, escondeu a dura rocha onde
assenta a secular política europeia! E nós esquecemo-nos disso.
Foi essa maré alta que propiciou a ideia de uma união benigna, do sul ao norte, de leste a oeste, que juntasse nos mesmos termos, no mesmo clube, várias europas, com tantas diferenças e tantas aspirações! O atlantismo de uns e a polaridade oriental de outros, o frio que obriga a trabalhar com o sol que proporciona o lazer! E cada um dividia aquilo que tinha a mais com os outros! O paraíso reinventado!
Foi essa maré alta que propiciou a ideia de uma união benigna, do sul ao norte, de leste a oeste, que juntasse nos mesmos termos, no mesmo clube, várias europas, com tantas diferenças e tantas aspirações! O atlantismo de uns e a polaridade oriental de outros, o frio que obriga a trabalhar com o sol que proporciona o lazer! E cada um dividia aquilo que tinha a mais com os outros! O paraíso reinventado!
Uma quimera que fez o seu
caminho, iludiu muita gente, e abriu espaço inclusivé para uma moeda única. Mas
não nos esqueçamos, foi também o cavalo de Tróia onde se emboscaram todas as baixezas, naturais egoísmos, e como não podia deixar de ser, alguns delírios napoleónicos!
A maré vaza, porém, sempre acontece e com ela reapareceram os velhos rochedos esquecidos - antigas
afinidades, alianças perdidas, culturas negadas. Este fenómeno do Syrisa, se calhar sem o saber, pode ser um passo nessa direcção. O regresso em
força da geopolítica, dos interesses estratégicos permanentes, que a globalização
não desfez, nem consegue mudar. Pelo menos enquanto não mudar a geografia.
Para Portugal é um aviso à
navegação! Em vez de andar a reboque de outras culturas, ou a fingir outros interesses,
deveria olhar para dentro de si e procurar o seu rumo.
Saudações monárquicas
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