Numa azáfama nunca vista de devoluções,
restituições, justas ou injustas não interessa, promessas a uns e a outros, e com o congelamento de rendas no horizonte, Costa vai construindo laboriosamente o ‘partido
do estado’ que o há-de eleger. E as eleições só podem estar próximas se o
antigo número dois de Sócrates seguir o padrão do chefe. Não importa se a economia
tem dinheiro para pagar, porque alguém há-de pagar. Os beneficiados
pagam com votos, os contribuintes vão pagar com
impostos, o país (sem) futuro, mais tarde ou mais cedo,
vai pagar as favas.
Sobre este assunto convém ler um artigo de João César da
Neves, no Observador, onde de forma clara e sintética o autor explica a ‘doença
lusitana’, com mais de duzentos anos, diz, indo assim ao encontro do
meu último postal em matéria de datas! Duzentos anos é o tempo do liberalismo! Liberalismo importado que impôs ao rei e ao povo um texto constitucional que afrontava a tradição! Mais tarde, livrou-se do rei, seu último representante, e impôs-se pelo golpe e pela demagogia. Demagogia que como bem ensina Aristóteles é a doença da democracia. A doença da representação!
João César das Neves centra o seu artigo nas questões económicas, e
nos Condes de Abranhos que nos têm saído na rifa, mas é na política que as coisas
se resolvem. E a cumprir-se o vaticínio do autor, que Costa ainda é pior que
Sócrates, os portugueses vão passar um mau bocado.
Saudações monárquicas
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