Quatrocentos anos é uma fagulha na era do universo e é muito
pouco na história da humanidade. Por isso recuar a Alcácer Quibir é mais fácil do
que parece para explicar a enorme gravidade da derrota e das razões, tantas
vezes desvalorizadas, que levaram o rei português a combater os infiéis nas areias
do Magrebe. O certo é que desde aí o flanco sul da Europa ficou definitivamente
escancarado às investidas do Islão.
Hoje não restam dúvidas que aquilo a que chamamos terrorismo
não é mais do que um episódio de uma longa luta entre duas maneiras diferentes de
ver o mundo, ou porque não admiti-lo, entre duas religiões. Uma mais apelativa
e que cresceu em progressão geométrica desde o ano 620! A outra mais verdadeira
e por essa razão mais exigente e que vai regredindo em número de fiéis.
Pelo meio surgiu uma religião burguesa que tem
muito a ver com o mercado e pouco a ver com os valores. E pior,
encontra-se na última fase da degenerescência, que é aquela em que a gordura sobe
do estômago e vai alojar-se no cérebro. É uma fase em que só contam os direitos e o prazer e corresponde normalmente ao colapso de qualquer civilização.
Uma última nota para verberar aqueles, e são tantos, que continuam
sem perceber a grandeza do rei que morreu a lutar por uma Europa
cristã que hoje não temos.
Saudações monárquicas
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