domingo, fevereiro 03, 2019

No fundo da memória


Deixei passar o regicídio, já a minha memória fraqueja, mas para quem não se lembre, o assassinato do Rei e do primogénito aconteceu no dia 1 de fevereiro de 1908, no Terreiro do Paço. Dom Carlos e o príncipe Luís Filipe sucumbiram às mãos do braço armado do partido republicano, este mesmo que hoje nos governa. E se governa. Aparece-nos subdividido, uma aparência apenas, mas na realidade vai do Bloco ao CDS, passando naturalmente pelos dois partidos centrais. Partidos siameses e tem sido uma carga de trabalhos para os separar. Que o diga Rui Rio, ao que tudo indica um genuíno social democrata*.

À frente desta tropa toda está o incontornável Marcelo, tão incontornável que, imagine-se, acumula o cargo de presidente da república com o de administrador vitalício da Casa de Bragança! Fundação criada pela segunda república para controlar os bens privados dos defuntos. Ou seja, mortos e espoliados.

Tudo o que afirmo, não sei se com exagero ou contenção, não consta da memória das novas gerações de telemóveis, único filtro disponível para a ignorância vigente. Assim será cada vez mais difícil conservar a informação daquilo que não interessa à república. O Regicídio é para apagar.

*Melhor dito: - o único social democrata deste país.

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