quinta-feira, janeiro 30, 2020

O regime no banco dos réus?!


É uma pergunta que pode fazer sentido atendendo aos últimos desenvolvimentos do caso Luanda Leaks onde todos os arguidos têm a nacionalidade portuguesa à excepção de Isabel dos Santos! E quando se sabe que apenas foi aberto um dos oito discos rígidos contendo informação explosiva, imagino que nos discos que ainda não ouvimos tocar... esteja lá a orquestra inteira desta terceira república! E respectivas desafinações.

Por isso Rui Pinto continua preso embora para a maioria dos portugueses seja considerado um herói. Quem não comunga desta opinião são naturalmente os criminosos que vão beneficiando da generosidade do estranho ordenamento jurídico português e possívelmente todos os que contribuíram e contribuem para que o mesmo ordenamento se mantenha tal qual como está. E, claro, os benfiquistas ameaçados pelos e.mails. É muita gente, é a tal orquestra cuja partitura já todos conhecemos.

Entretanto e por uma questão de contraditório, eis alguns dos argumentos que vão passando pela televisão, pérolas de gente 'muito preocupada' com a obtenção ilícita das provas! Há diversas nuances mas um traço em comum – embora não o digam, preferiam que nada se soubesse continuando tudo no segredo dos deuses. Para eles, mais importante que a revelação da prática de um crime é a reputação do presumível criminoso. E já falam em 'justiça privada' ou na possibilidade dos 'piratas' escolherem os alvos, ou seja, os corruptos a abater! Quem não deve não teme, mas pelos vistos, eles temem!

Concluindo o que está à vista de todos, o excesso de formalismos e garantias de que padece o actual ordenamento jurídico português (algo que desconfio tem intenções ocultas) não tem conduzido a que haja mais e melhor justiça, mas sim à impunidade, ao eternizar dos processos judiciais, transformando Portugal num paraíso da corrupção!

Sem mais, obrigado Rui Pinto!


Sem comentários: