terça-feira, julho 27, 2021

A lusitana antiga liberdade...

 

'E vós ó bem nascida segurança da lusitana antiga liberdade...' é o verso que invoca a única liberdade possível! Nada disto tem a ver com o golpe militar de Abril de 1974. Nem era essa a intenção de Otelo e dos restantes protagonistas.


Numa interpretação benigna, pondo de lado os indícios de traição que o tempo um dia julgará, tratou-se apenas de mais um episódio republicano na sucessão de episódios a que o regime já nos habituou. É assim desde o implante. Portanto é só aguardar pelo próximo golpe, pelo próximo Otelo e pela próxima república. Palpita-me que acontecerá quando o dinheiro da união europeia acabar. Ou a própria união se desfizer.


Entretanto convinha que não se transformasse o vinho em água nem a água em vinho. A república é a mesma. Um regime postiço, um beco sem saída.


Nota:


E vós ó bem nascida segurança

Da lusitana antiga liberdade

E não menos certíssima esperança

Do aumento da pequena cristandade

(...)


Estes quatro versos dos Lusíadas são a nossa constituição histórica. Explicam a condição da liberdade – somos livres porque o nosso rei é livre – e explicam também a condição da nacionalidade – 'Por tu Graal!


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