Nestes últimos dias do Advento convém moderar o discurso, suavizar as críticas, perdoar e esquecer algumas afrontas.
De acordo com a tradição, este é também o tempo de pôr debaixo da chaminé e dentro do sapatinho, uns quantos pedidos e aspirações, que o Pai Natal se encarregará de satisfazer. Não vou ser muito exigente, nem estou a pedir para mim, é para oferecer aos mais necessitados – aos chamados Órgãos de Soberania!
Começo pelos Tribunais ou seja, começo pela Justiça:
E começo por parafrasear uma célebre ‘tirada’, atribuída ao General Carmona, a propósito do julgamento de gente importante, na ressaca de mais um golpe ou revolução falhada: ‘ Quando vejo no banco dos réus portugueses tão ilustres, só posso concluir que a Pátria está doente’!
Provavelmente, hoje, faria mais sentido dizer isto doutra maneira: ‘Quando só vejo no banco dos réus a arraia-miúda, posso concluir que a Pátria está mais doente do que nunca! Está de rastos’!
É por isso que eu pedia ao Pai Natal, se fosse possível, e sabendo que o bom funcionamento da Justiça é a pedra angular de qualquer País civilizado, que nos desse de presente uma Justiça independente e responsável. Independência e responsabilidade são duas realidades indissociáveis. Responsabilidade perante terceiros, não o actual circuito fechado e corporativo.
Quanto à Assembleia da República, pedia ao Pai Natal que inspirasse os nossos deputados a fazerem um esforço de contenção legislativa. Por exemplo, metade da produção do ano que agora finda podia ir directamente para a co-incineração. Como é material muito poluente, serviria para testar o sistema! No lugar de legislar com tanta intensidade, os eleitos deviam dedicar-se mais e com mais coragem às tarefas de fiscalização que lhes cabem por inerência. E se não fosse muita insistência, pedia-lhes pela milionésima vez que retirassem da preclara Constituição, o ‘ferrolho do medo’, que impede os portugueses de substituírem a República pela Monarquia, se assim o entenderem!
Agora o Governo, tarefa sempre difícil para qualquer Pai Natal, ainda para mais quando se sabe que este Governo vem adoptando um comportamento peculiar!
Está sempre a querer dar presentes aos portugueses, não exactamente o que estes lhe pedem, presentes acessíveis, como seja, uma vida mais barata, com menos impostos, mas ao contrário, prefere dar presentes caríssimos, enormes, do género Ota, TGV, Jogos Olímpicos... tudo coisas que não cabem lá em casa! Por isso eu pedia ao Pai Natal que se impusesse. O nosso Governo está-lhe a fazer uma concorrência desleal.
Por último, o Chefe de Estado Republicano. E neste caso, espero bem que seja o último. No entanto, começam aqui todas as minhas dúvidas e incertezas!? Os sinais não são nada animadores.
A não ser que o Pai Natal nos fizesse a todos uma grande surpresa... Dar a Portugal o único presente que o País realmente precisa – o fim do Interregno.
Prometo, que não pedia (nem escrevia) mais nada.
De acordo com a tradição, este é também o tempo de pôr debaixo da chaminé e dentro do sapatinho, uns quantos pedidos e aspirações, que o Pai Natal se encarregará de satisfazer. Não vou ser muito exigente, nem estou a pedir para mim, é para oferecer aos mais necessitados – aos chamados Órgãos de Soberania!
Começo pelos Tribunais ou seja, começo pela Justiça:
E começo por parafrasear uma célebre ‘tirada’, atribuída ao General Carmona, a propósito do julgamento de gente importante, na ressaca de mais um golpe ou revolução falhada: ‘ Quando vejo no banco dos réus portugueses tão ilustres, só posso concluir que a Pátria está doente’!
Provavelmente, hoje, faria mais sentido dizer isto doutra maneira: ‘Quando só vejo no banco dos réus a arraia-miúda, posso concluir que a Pátria está mais doente do que nunca! Está de rastos’!
É por isso que eu pedia ao Pai Natal, se fosse possível, e sabendo que o bom funcionamento da Justiça é a pedra angular de qualquer País civilizado, que nos desse de presente uma Justiça independente e responsável. Independência e responsabilidade são duas realidades indissociáveis. Responsabilidade perante terceiros, não o actual circuito fechado e corporativo.
Quanto à Assembleia da República, pedia ao Pai Natal que inspirasse os nossos deputados a fazerem um esforço de contenção legislativa. Por exemplo, metade da produção do ano que agora finda podia ir directamente para a co-incineração. Como é material muito poluente, serviria para testar o sistema! No lugar de legislar com tanta intensidade, os eleitos deviam dedicar-se mais e com mais coragem às tarefas de fiscalização que lhes cabem por inerência. E se não fosse muita insistência, pedia-lhes pela milionésima vez que retirassem da preclara Constituição, o ‘ferrolho do medo’, que impede os portugueses de substituírem a República pela Monarquia, se assim o entenderem!
Agora o Governo, tarefa sempre difícil para qualquer Pai Natal, ainda para mais quando se sabe que este Governo vem adoptando um comportamento peculiar!
Está sempre a querer dar presentes aos portugueses, não exactamente o que estes lhe pedem, presentes acessíveis, como seja, uma vida mais barata, com menos impostos, mas ao contrário, prefere dar presentes caríssimos, enormes, do género Ota, TGV, Jogos Olímpicos... tudo coisas que não cabem lá em casa! Por isso eu pedia ao Pai Natal que se impusesse. O nosso Governo está-lhe a fazer uma concorrência desleal.
Por último, o Chefe de Estado Republicano. E neste caso, espero bem que seja o último. No entanto, começam aqui todas as minhas dúvidas e incertezas!? Os sinais não são nada animadores.
A não ser que o Pai Natal nos fizesse a todos uma grande surpresa... Dar a Portugal o único presente que o País realmente precisa – o fim do Interregno.
Prometo, que não pedia (nem escrevia) mais nada.
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