A propaganda enganosa conta sempre com a imbecilidade alheia mas conta sobretudo com a desigualdade de meios, forma expedita de calar a boca aos adversários. A primeira república, por exemplo, tentou convencer os portugueses que o regime monárquico era mau, e não fora isso, em vez de chegarmos à Índia teríamos chegado à Lua! Já a segunda república (leia-se Estado Novo) foi mais subtil, promoveu o silêncio eliminando sumáriamente a discussão sobre o assunto. No que respeita à república de Abril, não podendo evitar que nos primórdios se falasse de tudo, tem vindo a adoptar uma postura mista, por um lado ignora a questão, mas se alguém a levanta faz crer que se trata de um regime ultrapassado, próprio de países atrasados! Semelhantes atoardas, mil vezes repetidas, acabam por produzir o efeito esperado, ou seja, embrutecem a população, e por isso não é de estranhar que a grande maioria dos portugueses não consiga perceber quais são as verdadeiras causas da sua decadência, ou dito de outra maneira, porque é que em quase cem anos de regime republicano, Portugal não conseguiu, nem consegue, aproximar-se dos níveis de desenvolvimento, já não digo de países como a Holanda ou a Bélgica, mas de regiões vizinhas, como a Galiza ou a Catalunha!
Estranho, não acham?!
Sem procurar desculpas esfarrapadas, parece-me que o segredo está no hino, por ínvias razões outra vez na moda – “levantai hoje de novo o esplendor de Portugal”! Quem o canta sabe, ou desconfia, que no tempo da monarquia éramos mais independentes e estávamos melhor classificados no ranking europeu.
Estranho, não acham?!
Sem procurar desculpas esfarrapadas, parece-me que o segredo está no hino, por ínvias razões outra vez na moda – “levantai hoje de novo o esplendor de Portugal”! Quem o canta sabe, ou desconfia, que no tempo da monarquia éramos mais independentes e estávamos melhor classificados no ranking europeu.
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