terça-feira, setembro 14, 2010

Agitam-se as cadeiras

A escolha do próximo presidente da federação portuguesa de futebol já começou, e falei em escolha porque nas ‘democracias’ de inspiração soviética (como a nossa) é disso que se trata. O processo é obtuso, são lançados uns nomes para a ribalta, a ver se pegam, faz-se uma ou duas rodadas de ‘prós e contras’ para que o povo tenha a sensação que participa na escolha, de seguida recolhe tudo a penates, entramos na fase dos conciliábulos mais ou menos secretos, para surgir finalmente o candidato invencível!
Determinante na decisão é o perfil do candidato: - tem que ser republicano, maçon ou equiparado, pode acumular alguma crença religiosa (benzer-se antes dos jogos mais importantes) e tem de sujeitar-se às regras do governo e dos grandes clubes, o que vai dar no mesmo. No seu mandato deve concentrar-se na propaganda do regime usando para o efeito a selecção e concorrendo à organização de grandes eventos (campeonatos do mundo ou inter-galácticos) seja à boleia de quem for, gaste-se o que se gastar. Aliás os gastos serão sempre compreendidos (e aprovados) desde que dêem dinheiro a ganhar aos três clubes do estado.
Este é o perfil necessário e dos nomes que se apontam há gente que se enquadra.
Pelo contrário, entendo que o próximo presidente da federação deveria ser um antigo futebolista, com prestígio internacional, e nem me importo que tenha sido jogador do Benfica! Pode ser o Simões, o Carlos Manuel ou o Toni. Um homem do futebol para credibilizar o futebol.

Saudações desportivas

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