Usurpar é uma palavra difícil, as novas gerações não a entendem, talvez a confundam com urso polar! A ilegitimidade também é difícil de entender, porque não se aplica, uma vez que tudo é legítimo em nome da vontade popular! Que quero eu dizer com isto?! Apenas isto: - se fosse presidente da república teria sempre aquela sensação estranha de estar a mais nalgumas situações e a menos noutras, ou seja, estaria sempre desconfortável. A mais, naquelas cimeiras em que os reis falam com os reis, no mesmo plano, enquanto os presidentes surgem equiparados aos primeiros-ministros, numa duplicação inútil e dispendiosa. A menos, quando o presidente eleito por uma maioria momentânea, datada, tenta representar a raiz e a história de um povo que só um vínculo com a mesma idade (e da mesma natureza) poderia representar. É este absurdo que nos reconduz à usurpação e à ilegitimidade, as tais palavras difíceis, que apesar de difíceis, põem em causa com toda a facilidade esse outro conceito (simplex) a que chamamos… ‘vontade popular’!
Saudações monárquicas
Saudações monárquicas
Sem comentários:
Enviar um comentário