segunda-feira, fevereiro 21, 2011

A febre islâmica

De onde vem?
A guerra fria acabou (por falta de comparência da união soviética) e como era previsível as novas gerações islâmicas deram-se conta que eram governadas por uns monos, coronéis, etc., que construíram o seu poder (e a sua gordura) umas vezes aliando-se a Moscovo, outras vezes aliando-se a Washington. O petróleo e a chantagem israelita constituíam a areia dessas alianças. O cimento era pouco. Cimento esse, que começou a abrir rachas por todos os lados.

E o que é que as novas gerações islâmicas pretendem?

Em primeiro lugar pretendem uma política de verdade, sem monos, e quando se fala em verdade, a palavra que surge a seguir chama-se… legitimidade. Daí que os manifestantes ergam, para surpresa geral, cartazes com as figuras do rei ou dos príncipes das dinastias entretanto afastadas do trono. A televisão portuguesa esconde esse facto, ou deturpa-o por ‘conveniência de serviço’, mas ele está lá, visível, para quem o entenda.

Patéticos, os Barrosos da união europeia, mais os seus altifalantes, bolçam palavras antigas… democracia, ‘eleições à maneira’, como se as jovens gerações islâmicas estivessem à beira da conversão ao estado laico, ao ateísmo ou a qualquer outra religião sem Deus.
Desenganem-se, o Islão não pretende deixar de ser Islão, pretende apenas firmar a sua verdadeira identidade, a sua cultura, e para isso procura os seus representantes legítimos. Estão fartos dos ‘monos’ que representam outros interesses que não são os seus. Sabem também que a legitimidade não se alcança através da fórmula ‘um homem, um voto’. Já descobriram a fraude que se esconde nesse simplismo. Porque é muito mais do que isso o respeito que devemos à vontade (ao voto) dos que nos antecederam. Para que posteriormente também sejamos respeitados.
Será assim tão difícil de perceber?

Saudações monárquicas


Post- Scriptum: Admito que pode passar pela cabeça de algum leitor a célebre frase de Winston Churchill (que os republicanos gostam de repetir) e que se resume no seguinte: - apesar de todos os defeitos ainda não foi encontrado melhor (e mais justo) sistema que a ‘democracia’.
Ora bem, como tenho também repetido, essa frase tem que ser entendida no contexto de uma monarquia (a inglesa) onde por via do rei e da sucessão já se encontram assegurados aqueles interesses que um eleito ocasional (por cinco ou dez anos) nunca poderá assegurar. Nem é para isso que é eleito.

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