quinta-feira, março 24, 2011

Caíu

Caíu sem dó nem piedade, sem uma mão estendida, ninguém o agarrou, caíu com estrondo, como se a nação opressa, farta, deixasse cair um fardo pesado demais para as suas forças. Os portugueses respiraram de alívio, os mercados também. Há mais esperança, há mais futuro. A um canto ouviram-se alguns queixumes, uma ou outra lamúria, mas cedo se percebeu que a encenação dramática era manifestamente exagerada. Aliás, Sócrates já tinha cumprido o papel que lhe haviam destinado: - bloquear o processo da Casa Pia, onde havia nomenclatura a proteger; assegurar que o centenário da república corria bem; prosseguir com afã o programa laico republicano e socialista (anti-católico) encomendado pelo grande oriente lusitano; destruindo as bases da família através das chamadas causas fracturantes – aborto, casamento de homossexuais, com a eutanázia no horizonte; finalmente ligando-nos umbilicalmente à europa afrancesada e napoleónica, com pouca liberdade, muita desigualdade e zero de fraternidade. Em suma muito TGV, pouco submarino, e enorme dependência.
Pode dizer-se que este programa foi (internamente) cumprido à risca, e se a certa altura deixou de avançar, isso deveu-se à reacção dos europeus contra o centralismo burocrático, que ameaçava, e ameaça, transformar a união europeia, numa réplica (suave) da união soviética. De uma coisa estamos certos, não foi por vontade dos governos de Portugal que o sonho napoleónico não se concretizou. Antes pelo contrário, tudo fizeram, e tudo fazem, para acabar com a nossa soberania. Daí nunca terem arriscado consultar os portugueses.
Portanto, caíu, mas não cairam as ideias que nos afastam do nosso destino independente, marítimo, plural.


Saudações monárquicas

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