domingo, abril 22, 2012

A justiça partidária

Chamam-lhe pomposamente tribunal constitucional, paira acima de todas as coisas visíveis e invisíveis, uma espécie de juiz na terra, e vai-se a ver é mais um embuste parido pela constituição de abril. São treze ‘juizes’, escolhidos pelo centrão partidário, PSD e PS, partidos gémeos que se abastecem nas mesmas ‘lojas’, juizes esses, logicamente maçons!
Admirados com este resultado surgem agora algumas pessoas (que deviam andar a dormir!) a reclamar outra transparência e outra isenção ao dito tribunal! Até o Jorge Miranda, imagine-se, um dos pais da lei fundamental!
Enfim, vamos fazer de conta que está tudo bem, e vamos fazer de conta que acreditamos, e aceitamos, esta solução que passa por nomear mulheres juízas, afastando assim o fantasma da maçonaria!
Com a verdade me enganas, ou tapar o sol com a peneira, são juízos populares que se aplicam neste caso.

Três notas:
1. Não é o facto de pertencer à maçonaria que deve inviabilizar a escolha para o cargo, mas sim o facto de se omitir tal pertença.
2. Também causa algum desconforto a sensação (e mais do que a sensação) de que a grande maioria dos juizes (deste e de outros tribunais superiores) pertencem à maçonaria.
3. Mais do que a reforma da legislação do trabalho, e outras reformas, sem dúvida importantes, é a reforma da justiça aquela que poderá melhorar, quer a coesão nacional, quer a qualidade de vida dos portugueses. Com uma justiça partidária nunca haverá investimento.



Saudações monárquicas

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