Passe o Gedeão, que aliás conheci no velho liceu Pedro Nunes, a recente declaração do secretário dos impostos foi mais uma peça dolorosa da política… ‘à portuguesa’. O medo, o compadrio, a incapacidade, a esperteza saloia (que ainda funciona!), até alguma ingenuidade (que se confunde com cretinice), tudo isso faz parte do novo pacote contra a evasão fiscal!
Meu rico, meu pobre Portugal! O país martirizado com impostos e estes secretários doutorados, fechados nos gabinetes, a cogitar golpes de mão contra os desgraçados do costume! Só visto! Ou seja, mais uma medida para facilitar a vida ao contribuinte graúdo, aquele que faz grandes despesas, grandes compras, as suas, pessoais e familiares, as da empresa, e arranja artifícios contabilísticos para bater o record dos abatimentos no IVA, no IRS, seja onde for!
E que tal seguir a sugestão de Medina Carreira: – baixar drasticamente os impostos, eliminar a maior parte deles, simplificando ao máximo o respectivo processo?! Querem apostar que a receita aumentava?!
E (digo eu) que tal avançar para o ‘imposto por cabeça’, em lugar de andar a tributar a actividade económica?! Seria uma revolução tributária, não tenho dúvidas, e de uma penada, reduzia-se a evasão e aumentava a justiça fiscal.
A outra solução, já inventada pelos gregos, há muitos séculos, corresponde basicamente ao slogan da esquerda invejosa e preguiçosa – ‘os ricos que paguem a crise’! Mas com a variante, também grega - os ricos pagam a crise mas são eles a gerir a crise. Como não podia deixar de ser. Aqui, a esquerda já não gosta, porque gosta de ser ela a gerir (leia-se, gastar) o dinheiro dos outros!
Saudações monárquicas
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