sexta-feira, janeiro 04, 2013

O círculo dos robertos!

Já que estamos em maré de circos e quadraturas vamos até à praia recordar os inolvidáveis robertos! Os velhos fantoches que se agitavam atrás de uma barraquinha e faziam as delícias da pequenada. O enredo é simples. A personagem principal também: - Dona Inocência da Constituição!


Diz o Costa – então não querem lá ver que o Catroga quer mexer na nossa Inocência! É preciso muito descaramento! Uma senhora daquelas! Tão séria, com uma linhagem tão antiga! Anda Pacheco, diz qualquer coisa! Afinal tu és historiador… pelo menos gostas de contar histórias!


Pacheco entra em cena e confirma: - Pois.


Costa prossegue: - nunca é demais recordar a origem da nossa Constituição! Ela descende em linha recta da revolução francesa! A mesma que deu o peito ao Napoleão! É prima em primeiro grau da Carbonária, uma rapariga acima de qualquer suspeita! E se não me falha a memória tem (ou teve) muita parentela soviética. Em democracia não há melhor!

Portanto, responsabilizar a Dona Inocência pelo descalabro das contas públicas só pode ser má vontade!


O Lobito interrompe: - eu não sou de intrigas mas parece-me que a Dona Constituição anda a viver fiado há muito tempo. Além disso, hipotecou-se à união europeia sem dar cavaco a ninguém! E pior ainda, vendeu-se à troika por dinheiro! Ora isto não condiz com a linhagem. Nem com a soberania. Ou condiz?!


Pacheco exalta-se: - Oh Lobito, não mudes de assunto! O governo tem que cumprir o acordo sem ofender a Dona Inocência e pronto. Se não conseguir governar nessas condições… pronto também!



A pequenada, entretanto, foi ao banho. O dono da barraquinha diz que para a semana há mais.




Saudações monárquicas

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