O tema tem sido glosado por
escribas e senadores, e todos concluem que o nosso primeiro está convencido que
vai salvar Portugal! Salvar Portugal de si mesmo, dos maus hábitos gastadores,
da tendência para a prática de negócios ruinosos, dos defeitos hereditários,
etc.! Igualmente concluem, escribas e senadores, que Passos não se enxerga, não
repara na dimensão do seu cérebro, etc. etc.
Pela minha parte, não pondo em
causa a opinião de tantos e tão reputados analistas, quer nos propósitos ministeriais,
quer nas conclusões cerebrais, tenho que dizer que simpatizo com o
primeiro-ministro! Há alguma ingenuidade na sua postura, e o facto de estar
cada vez mais isolado dá-lhe uma certa independência, o que também me agrada! Mas
sinceramente… não se pode salvar Portugal, ou qualquer outro país sem tocar nas
causas essenciais do fracasso. Por outro lado, para salvar seja o que for é
sempre preciso pedir sacrifícios à população, sacrifícios que valham a pena. E
é aqui que Passos falha: - pedir sacrifícios às pessoas em nome de um défice
menor no futuro, garantir que não teremos segundo resgate, seja lá o que isso
for, ou acenar com um amanhã radioso em que haverá dinheiro para beber mais uma
bica e comer mais um queque… isso não chega! Assim ninguém se quer salvar.
Quando muito pode haver algum aumento no consumo de calmantes e antidepressivos.
Saudações monárquicas
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