O traço
indispensável
O desenho
rápido
Nem mais nem
menos
A exagerar
para menos
De propósito
As imagens eram
palavras
As palavras
eram imagens
E as
perguntas, messiânicas,
Qual é a
linguagem do pensamento humano?!
O português,
não há engano!
Irrequieto
ou inquieto
Mau ouvinte
Tinha muito
pra dizer
A síntese
faiscante
Mais tarde
lancinante
O génio presente
A busca fremente
Num palco de
ilusões
O tempo era
dele
Sem
contemplações
Ensinou-me e
aprendi
Fui
discípulo, tradutor
Provávelmente
traidor
Viajámos sem
navio
Houvesse
calor ou frio
Zanguei-me,
zangou-se
Não me
lembro do que fosse
Chegada a
hora, partiu
Há-de viver
no meu canto
Neste
recanto que é meu!
João Sousa
Menezes, em 17 de Novembro de 2014
(memória do
tio Álvaro Dentinho)
3 comentários:
Meu Querido João,
Poema só teu.
Sorte só nossa pela possibilidade de partilha.
Obrigado.
Grande abraço do teu primo Miguel
Obrigado João. De facto as perspectivas são diferentes dos diversos ângulos. Todas felizes. Abraço. Zé Dentinho
Discordo do Miguel: poema todo nosso, de tal modo verdadeiro. Obrigada.
Bj Inez
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