País pequeno, soalheiro, com pouco para decidir internamente, quase irrelevante na cena internacional, era inevitável que se transformasse num centro de coscuvilhice. E a coscuvilhice é essa arte de transformar pequenos assuntos em gigantescos dramas! Veja-se o 'caso Jesus' que só não subiu à assembleia da república porque ainda resta algum pudor. Isso não invalida que a comunicação social continue a envidar todos os esforços para manter acesa a discussão e nesse sentido vá plantando 'notícias' cada uma mais ridícula que a outra para assim manter as audiências, ou o que é pior, prestar serviços aos donos da bola. Ora bem , isto é tudo menos jornalismo sério e objectivo.
Outra novela em perspectiva é a reactivação do caso Sócrates e da sua presumível recusa em aceitar a pulseira electrónica! Para além de ser um insulto a todos os que a usam, e a agradecem uma vez que representa mais liberdade, vem confirmar aquilo que sempre se soube: - os socialistas e a esquerda em geral acham que a lei, quando lhes desagrada, só se aplica aos outros!
Saudações monárquicas
3 comentários:
Os seus textos neste seu blog (vim aqui parar, muito prazer) é que são a prova que você também não muda os temas (Portugal) e as modas e cuscuvilhices deste país em particular (pelo que vejo de cima a baixo), o Jorge Jesus ou qualquer noticia "bombástica" popular e da comunicação social da semana, irrelevante além fronteiras. Caramba, há cultura, filosofia, ciência, e mais mundo, e mais interessante. Mas o blog é seu caramba, também não vou desrespeitar o direito baseado no óbvio.
Sobre Sócrates: para mim, condenados, só transitado em julgado - e convincentemente. Declaração de interesses: Nunca gostei politícamente de JS e nunca votei nele. E já era tempo da justiça se mexer, com as classes políticas e empresariais dominantes (seja ex-governantes e 1ºs ministros ou não), sem caça às bruxas, mas com energia e competência, recomenda-se; - sem medos de interesses ou lobbies. Mas se Sócrates recusou (e se o pode fazer a coberto da lei), está no seu pleno direito. Se os outros "libertados" aceitam, é problema dos outros e da sua dignidade ou visão própria da situação. A Sócrates cabe-lhe zelar pela sua dignidade (seja uma dignidade estratégica ou simples dignidade própria, no seu conceito), de acordo também com a posição que ocupou etc. Está preocupado com o que pode pensar o Santos Silva? Claro que você também concorda com isto, mas "passa" no texto como não, com um argumento esfarrapado (até contradiz a imagem que passa no blogo, chiça, não deve mesmo gostar do Sócrates, para se "contradizer", e para o condenar, com cão sem cão). Um pouco aziado com a posição firme e digna do homem.
Nunca gostei políticamente de JS e tenho muitas reservas e dúvidas sobre aquele dinheiro - e o seu comportamento político. A prisão preventiva, que deve existir (e para investigar e impedir sabotagens de investigação também), levar este tempo, sem haver condenação em julgado, é uma vergonha terceiro-mundista e o insulto à justiça. O juiz Carlos Alexandre dá uma demonstração de coragem e eficácia 1º mundista quase isolada (passei a admirá-lo imenso) - e resistência às pressões dos ilustres do sistema -, mas parcialmente é "refém" voluntário e por escolha própria (o que é ainda grave) do terceiro-mundismo da justiça indígena.
Este país não é só cuscuvilhices, mas "cuscuvilhices" com maior gravidade, veja-se o caso do foot-ball (pouco me interessa), mas do Direito, dos jornais Correio da manhã (o novo grande tablóide lusitano) e Record, a soltando a conta gotas, diariamente ou semanalmente, as calúnias de uma entidade patronal contra o treinador marco Silva. Fala aí do nacional-benfiquismo (com razão-porventura) mas nos elementos em questão, e nos jornais em questão, confundiu-o com o nacional-sportinguismo. Eu acho que é nacional-trauliteirismo e falta de valores em nome do que vende e é popularucho ou popular.
O Homemn da Graça
"Sem acusação", para acrescentar naquilo da prisão; "você" por "senhor" ou melhor forma de tratamento; incluindo o retirar da eventualmente exagerada "acusação" do "sintoma" de "azia" - e outras possíveis correcções a um texto escrito rapidamente.
Mas um elogio à sua excelente escrita, respeito pelas suas ideias, como é natural - e os meus respeitosos cumprimentos
O mesmo Autor no comentário acima.
Agradeço os seus comentários e de facto terei sido pouco claro no caso da pulseira electrónica. Queria então dizer que Josê Sócrates não é uma pessoa qualquer, e muito embora a lei preveja a recusa em usar tal medida de vigilância, as suas declarações públicas, repito, públicas, sobre o uso da pulseira electrónica lançam um anátema de indignidade sobre todos aqueles que aceitam usá-la. Não esqueçamos que a lei foi aprovado por governos de que José Sócrates fazia parte, ou se não fazia, concordou com ela, quando governou.
Os meus cumprimentos
JSM
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