Anda a par com o futebol, o
equipamento é conhecido, limousine preta e colarinho branco, joga-se nos camarotes,
o treino é à porta fechada. Tem observatórios, candidatos à presidência da
república, artigos de fundo nos jornais, mas nada disso a incomoda. Como é
omnipresente, é muito difícil dar por ela! Por estar em toda a parte é muito
difícil condená-la. Às vezes é apanhada na rede de algum pescador desprevenido.
Como é peixe graúdo dá cabo da rede e não se aproveita nada. O rasto é fácil de
seguir. Oscila entre a política e o comentário na televisão. Como o futebol é a
coisa mais importante deste país, ganha eleições à conta disso. A partir daí tem
caminho aberto e pode fixar-se onde quiser. Normalmente escolhe uma autarquia, ou
então, deriva directamente para os negócios. Enriquece. A lei, em que
normalmente participa, não lhe toca. E se lhe toca, nada a impede de continuar
a receber honras e medalhas. As coisas parecem estar a mudar um bocadinho mas até
há pouco tempo o futebol era um dos terrenos mais seguros para a prática da
modalidade. Tem é que ganhar campeonatos e manter-se no activo. A não ser assim
torna-se vulnerável. Não me perguntem porquê.
Saudações monárquicas
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