O presidente da república sabe
que foi eleito por uma vasta maioria de portugueses e sabe também que a eleição
para a chefia de estado é a única em que os eleitores decidem sem a
intermediação obrigatória dos partidos. Intermediação excessiva, abusiva, práticamente
impossível de alterar porque não se espera que os partidos abdiquem do seu (excessivo
e abusivo) poder representativo. Marcelo sabe tudo isso e portanto não lhe fica
bem negar aos mesmos eleitores que o elegeram a possibilidade de se pronunciarem
sobre a permanência de Portugal na União Europeia! Se não foram estas as
palavras a ideia com que fiquei ao ouvi-lo foi esta, e isso incomodou-me. E a
pergunta sacramental é a seguinte: - então, onde é que fica a democracia?! Ou a
partidocracia é para continuar ‘ad eternum’?!
Uma coisa é aconselhar, outra é
proibir, mantendo os vícios do regime.
Saudações monárquicas
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