Receita antiga, muito usada,
primeiro estabelece-se uma lei geral que aparentemente se aplica a todos, e no
dia seguinte inicia-se o processo das excepções – projecto a projecto, proposta
a proposta, filhas de um populismo execrável, a lei vai aceitando excepções atrás
de excepções, que beneficiam uns quantos ‘carenciados’ e prejudicam a justiça
equitativa que porventura estivesse presente na lei original! A escolha dos ‘carenciados’
não é cega, nem inócua, nunca foi, e tem dois objectivos claros – calar as corporações
mais fortes e por conseguinte, mais reivindicativas, e assim cativar futuros
eleitores.
Esta receita não é de esquerda nem de direita, é uma prática
puramente republicana, própria de sociedades em campanha eleitoral permanente
onde tudo é conjuntural e oportunístico, e nada é estrutural e estruturante. O
que conta, não é o país considerado como um todo, mas o clientelismo que há-de
garantir o voto nas próximas eleições! Os ‘mais carenciados’ na lógica desta
receita vão aumentando indefinidamente, e como as excepções comportam sempre
mais custos, o estado vai definhando e empobrecendo, também indefinidamente.
Saudações monárquicas
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