quarta-feira, agosto 17, 2016

Um país teórico!

Sob o título – ‘a clubite e as medalhas’ – fiz a minhas previsões acerca da prestação portuguesa nos Jogos do Rio. Foi logo no princípio como podem verificar. Não retiro uma vírgula e infelizmente vou ter que acrescentar uma série de adjectivos à substância da coisa!

Comecemos pelos incontornáveis locutores, comentadores e todos os que nem perante as imagens da realidade se conseguem calar! É o ‘atleta do Sporting’ para a esquerda, é a atleta do Benfica’ para a direita, e assim, sem querer, revelam, a verdadeira origem da miserável prestação portuguesa. Sim, miserável!

E dois exemplos bastam para percebermos as principais razões do nosso atraso desportivo, mental, etc. Explico mais uma vez: - a ginasta holandesa que ganhou o ouro às americanas na trave olímpica não é de certeza atleta do Ajax nem do PSV, mas sim de um clube de ginástica de alto rendimento. E o espanhol Bruno Hortulano que fez o segundo melhor tempo nas eliminatórias dos duzentos metros (20,12 segundos!) batendo inclusivé a marca de Usain Bolt, compete em Espanha pelo ‘Playas de Castellon’, e não por nenhum clube de futebol. Nuestros hermanos já se deixaram disso. E nós?! Quando é que mudamos?! Quando é que libertamos o atletismo (e o resto) da clubite vigente?!

Uma palavra de incentivo para o remo, livre (por enquanto) do futebol, dos tais ‘baluartes’* do desporto português, remo que tem correspondido àquilo que se esperava. Não espero medalhas mas espero que os jogos olímpicos sejam um lugar de superação desportiva e não prémio de carreira ou simplesmente turismo.




Saudações olímpicas



Nota: No entanto se algum remador conseguir o ouro olímpico não me admirava nada que houvesse a tentação de o trazer para a segunda circular! Local de treino já existe: – o lago do Campo Grande. 

Sem comentários: