Sob o título – ‘a clubite e as
medalhas’ – fiz a minhas previsões acerca da prestação portuguesa nos Jogos do Rio.
Foi logo no princípio como podem verificar. Não retiro uma vírgula e
infelizmente vou ter que acrescentar uma série de adjectivos à substância da
coisa!
Comecemos pelos incontornáveis
locutores, comentadores e todos os que nem perante as imagens da realidade se
conseguem calar! É o ‘atleta do Sporting’ para a esquerda, é a atleta do Benfica’
para a direita, e assim, sem querer, revelam, a
verdadeira origem da miserável prestação portuguesa. Sim, miserável!
E dois exemplos bastam para
percebermos as principais razões do nosso atraso desportivo, mental, etc. Explico
mais uma vez: - a ginasta holandesa que ganhou o ouro às americanas na trave
olímpica não é de certeza atleta do Ajax nem do PSV, mas sim de um clube de
ginástica de alto rendimento. E o espanhol Bruno Hortulano que fez o segundo
melhor tempo nas eliminatórias dos duzentos metros (20,12 segundos!) batendo
inclusivé a marca de Usain Bolt, compete em Espanha pelo ‘Playas de Castellon’,
e não por nenhum clube de futebol. Nuestros hermanos já se deixaram disso. E nós?!
Quando é que mudamos?! Quando é que libertamos o atletismo (e o resto) da clubite vigente?!
Uma palavra de incentivo para o
remo, livre (por enquanto) do futebol, dos
tais ‘baluartes’* do desporto português, remo que tem correspondido àquilo que
se esperava. Não espero medalhas mas espero que os jogos olímpicos sejam um
lugar de superação desportiva e não prémio de carreira ou simplesmente turismo.
Saudações olímpicas
Nota: No entanto se algum remador
conseguir o ouro olímpico não me admirava nada que houvesse a tentação de o trazer
para a segunda circular! Local de treino já existe: – o lago do Campo Grande.
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