País tão mentiroso não deve
haver, corrupto como poucos, onde a corrupção continua a ser bem vista, uma
esperteza onde os parvos são os outros, país que já não é país, nem comunidade,
que só se reencontra para receber medalhas! No caso as medalhas do futebol. Percebe-se
assim que o poder político queira prolongar esse momento de êxtase para lá do
razoável. Percebe-se mas não se aceita. Depois temos essa herança execrável do
estado novo chamada nacional-benfiquismo! Uma clubite desgraçada, super
infantil, sempre a pender para o mesmo lado, envolvendo o poder político de uma
maneira insuportável! Tenho denunciado isto junto dos poucos leitores que me
aturam e também sei que por isso terei sempre poucos leitores. Não se trata de falta
de humildade, mas de reconhecer que não posso competir com a ração distribuída diáriamente
pelos media, alimento devidamente seleccionado, com proteínas que aumentam consideravelmente
o risco da estupidez! Vejo deputados, economistas de calibre, advogados
em série, até jovens em princípio de carreira, e basta abrirem a boca, para se
notar, em todos eles, qual a ração que consomem! E que lhes consome o cérebro!
A mentira do dia, porque há
sempre uma mentira do dia, são afinal duas mentiras. Ambas têm o futebol como
pretexto e são ambas uma razoável radiografia do paciente português. A primeira
tenta provar que o Benfica suplantou a concorrência e fez um grande negócio ao comprar
o Rafa! Para provar tal mentira já existe um piquete de comentadores para nos
zurzir os ouvidos todos os dias. E já ficámos a saber que o Rafa é benfiquista
desde pequenino mas nunca ficaremos a saber quem avançou com o dinheiro ou para
onde ele foi. Isto devia preocupar as autoridades mas não preocupa.
A segunda mentira tem a ver com a
abortada transferência do Adrien para um clube inglês. Aqui, por trás de uma
tentativa para tramar o Sporting, a república revela-se em todo o seu esplendor!
Desde o ‘não me cortem as pernas’ até à assunção de que Portugal não tem futuro,
tudo se disse (sem ninguém o dizer) e a conclusão mais que óbvia, mas que os
mentirosos não conseguem admitir, é que as repúblicas são elas próprias
fábricas de emigrantes ou de ex-futuros refugiados! Das monarquias não se
emigra nem se foge. Pelo contrário, é para lá que os republicanos querem
emigrar!
Saudações monárquicas
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