Escrevi há tempos um postal que
titulei – ‘piores que os gregos’ – pela simples razão de que enfermando de todos
os males da actual Grécia ainda não tínhamos sido campeões da Europa de
futebol. Mas fomos entretanto e por isso é justo corrigir a comparação e negarmos aquilo que durante tanto tempo foi o discurso oficial – ‘que nós não éramos a
Grécia’! Mas somos, pois tal como a Grécia andamos a martelar as
contas do défice há mais de quinze anos à custa, imagine-se, da sustentabilidade da Caixa
Geral de Depósitos! Enganando assim toda a gente, especialmente os portugueses
que agora vão ter que repor o dinheirinho que os sucessivos governos de lá tiraram.
Isto é público e infelizmente é apenas a ponta do iceberg.
Verdade se diga que Passos Coelho
é o menos culpado nesta história, coube-lhe apenas o papel de bom aluno, pois o
grande ponta de lança destas e doutras aldrabices, a serem verdade as notícias
veiculadas pelos jornais, tem sede no Largo do Rato. A rataria do costume.
Extraordinário, e aqui superamos a Grécia, é que nem mesmo assim conseguimos
cumprir o défice!
Porém onde as parecenças a cada
dia que passa mais se acentuam é na forma de governo! Na Grécia a extrema-esquerda
está no poder e faz de conta que governa com o único objectivo de se manter no
poder. Em Portugal, a extrema-esquerda também manda e também faz tudo
para continuar no poleiro. A única diferença é que manda por interposta pessoa,
e nesse sentido tenho que emendar o título deste postal para ser justo com os gregos: – de facto somos piores
que os gregos. Mais sonsos e muito menos corajosos.
Saudações monárquicas
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