Se há um tema que iguala e ao mesmo tempo revela a incapacidade do regime republicano para governar o país, esse tema é o arrendamento. Mais própriamente o arrendamento urbano. Passou um século sobre o cinco de Outubro de 1910 e a perspectiva de um novo, mas velhíssimo, congelamento das rendas, perfila-se no horizonte. O mesmo congelamento que manteve Afonso Costa no poder, que Salazar aproveitou para não precisar de votos, o mesmo que esta república de Abril, num faz que anda mas não anda, vai acabar por adoptar. Com as mentiras do costume, já se vê. A primeira grande mentira para não resolver o problema, foi não fazer nada para isso. Em sua ‘substituição’ vendeu-se a ideia peregrina de que todos os portugueses podiam ter casa própria! Uma casa adquirida mediante empréstimo bancário e que seria paga um dia…
O mercado de arrendamento para
habitação afinal não era preciso, podia continuar parado, e os outros países,
por sinal muito mais ricos do que nós, estavam redondamente enganados! E o país
acreditou. Os potenciais investidores… também não! Aliás, isto é uma questão de
memória. Quem se lembra da ruína que o congelamento das rendas em Lisboa e
Porto causou nas respectivas cidades, nunca mais vai querer ser senhorio. A não
ser que seja para especular. Mas aí a república está no seu terreno.
Resumindo e concluindo e como
sempre tenho dito, a república, pelo menos em Portugal, é sempre a mesma. Umas
vezes disfarça-se de democracia, outras vezes de ditadura. Mas nunca resolve o problema.
Como dizia a outra… não faz nem deixa fazer.
Saudações monárquicas
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