A
frase é bíblica e retrata as eleições espanholas. Em cada época,
os que a vivem, julgam-se originais, diferentes, mais evoluídos que
os seus antepassados. E se em termos puramente tecnológicos podem
ter razão, ao ouvi-los falar, agir,
gesticular, gritar palavras de ordem, o tempo recua às cavernas, aos
problemas de sempre do homo sapiens. Problemas que podiam dar óptimos
livros de ciência política se não fossem todos iguais e de
esquerda.
Não
sei muito sobre os antecedentes da guerra civil espanhola, 1936 não
foi assim há tanto tempo, mas do que sei parecem estar a reunir-se
algumas das condições que lhe deram origem. Simplificando – de um
lado está o nacionalismo catalão e o jacobinismo adjacente; do
outro, a história de grandeza da Espanha una e indivisível. Pelo
meio uma união europeia que já deu o que tinha a dar e por isso
completamente ignorada na campanha eleitoral. Neste cenário é
natural que os nacionalismos ganhem espaço de manobra e coloquem em
causa aquela unidade. Uma unidade que só a representação
monárquica pode garantir.
Concluindo,
se a história se repetir, desta vez quem há-de esticar a corda serão os
golpistas catalães apoiados nos seus sonhos de independência pelos
oportunistas do PSOE.
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