À
hora a que escrevo estas linhas o parlamento deve estar a discutir e
a votar a despenalização da eutanásia. Vulgo 'suicídio
assistido'. Comecemos pelo princípio, pelo parlamento e pela
respectiva representatividade. Representatividade real, verdadeira,
sem embustes constitucionais. Ora bem, aqueles deputados, que os
eleitores não escolheram, nem neles votaram, pois foram eleitos em
listas fabricadas pelo chefe do respectivo partido, deputados
totalmente irresponsáveis e que os eleitores não podem arredar das
tais listas numa próxima eleição, dão-se agora ao desplante de
decidirem sobre a vida e a morte daqueles mesmos eleitores! Se isto
não fosse uma farsa seria concerteza uma tragédia. Porém, não é
uma coisa nem outra. Não é nada. É o eterno vazio político numa
república de bananas. Bananas manipuladas pelos espertalhões do
costume. Ou seja, 'viva a república dos espertalhões' que é o
mesmo que gritar 'viva a república dos bananas'!
Depois
deste intróito, fundamental para se compreender o que é, e para que
serve, aquela assembleia da república, passemos à genealogia da
eutanásia, parente em primeiro grau do racismo que ainda há algumas
horas era veementemente condenado naquela mesma assembleia e
precisamente, pelos promotores da eutanásia! Não há contradição.
Como bem explica Jaime Nogueira Pinto num excelente artigo publicado
no Observador a ideia da eutanásia não nasceu agora e andou sempre
associada ao eugenismo, à melhoria da raça, e àquilo a que eu me
atrevo a resumir – ao paraíso terreal! Doutrina profundamente
racionalista, sem transcendente e sem Deus. Por isso é que defendo
que esta é uma questão de raiz eminentemente religiosa e que não
vai acabar com a aprovação da eutanásia. Aliás a eutanásia,
para os seus defensores, é apenas uma etapa para acabar com as
religiões do Livro e impor uma religião de estado. Nesta guerra
declarada contam obviamente com os 'bananas', pessoas bem
intencionadas, e que a história denominou de 'idiotas úteis'.
Sem
mais, subscrevo-me...
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