quinta-feira, fevereiro 27, 2020

Brinquem com o racismo, brinquem...


Esta idiotice Marega que virou pretexto para ver racistas e racismo em todo o lado pode, se não tomarmos cuidado, virar o feitiço contra o feiticeiro! Por enquanto é tema de anedotas, o que é compreensível, pois não lembra ao careca identificar os portugueses como racistas! De facto, quem fez o Brasil e o mulato, quem obrigou os vice reis a casarem com indianas, quem sonhou um quinto império baseado no Novo Testamento só por mau gosto pode ser apelidado de racista! Porém a agenda esquerdista não desarma e usa todos os incidentes para levar a sua avante. Ontem foi o aborto, hoje é a eutanásia, amanhã será o racismo! E já idealiza devoluções de obras de arte, misturadas com pedidos de desculpa, por termos desafiado o Adamastor, por pisarmos o sagrado solo indígena, destruindo ao mesmo tempo civilizações democráticas e florescentes. Isto pode passar por ironia, mas atenção, há quem acredite nisto! Vivemos numa sociedade embrutecida pela propaganda, ignorante quanto baste, com uma juventude deseducada na vergonha dos antepassados.

Só que o reverso da medalha também existe e a chamada 'descolonização' tem dois sentidos. Aos primeiros exageros podem seguir-se outros de sentido contrário, e no fim, se a 'Àfrica é para os africanos', slogan abrilista, pode ser que em Guimarães, numa qualquer manifestação de desagravo, alguém se lembre de gritar, que Portugal é terra de brancos, de reis cruzados, e quem não está bem que se vá embora!
É uma possibilidade que já esteve mais longe. Possibilidade agravada com as pandemias que se desenham no horizonte e facilmente associáveis aos emigrantes de outros continentes. Não esquecer que a palavra latina 'hostis' tinha um duplo sentido – significava estrangeiro e inimigo ao mesmo tempo.


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