“O Estado existe, não para proteger os vícios pessoais, mas para promover o bem de todos, porquanto o seu dever mais elevado está ligado justamente ao preceito da caridade: ajudar os débeis, defender os oprimidos, fazer o bem àqueles que vivem em dificuldade (...). A ordem natural baseia-se sobre o extermínio recíproco ou, no melhor dos casos, sobre uma mútua limitação dos homens. A ordem moral é baseada na recíproca solidariedade e a expressão primeira e mais simples de tal ordem é a ajuda gratuita, a beneficência desinteressada.”
Vladimir Soloviev
“...O mundo inteiro indiferente com a desgraça daqueles dezanove anos. O primeiro dever da civilização é evitar que fiquem os desgraçados pelo caminho!
Os desgraçados são a vergonha da humanidade, são a desonra da civilização!
Mas a vida passava-se lá muito acima disto tudo, ocupada com a vida de todos, indiferente á vida de cada um.”
Almada Negreiros
Salas de chuto
“Parece ser um problema nascido mais da imaginação das juventudes partidárias e do BE do que da atenção à realidade;
O partido do Governo parece estar mais comprometido com compromissos tácticos do que convicto da bondade de tal medida;
Se as Salas de Chuto pretendem diminuir os riscos de contágio com o HIV+ erram o alvo. Os eventuais dependentes contagiáveis pretenderam outra coisa que não ser elencados e identificados. Entre os toxicodependentes que eventualmente se encontrem disponíveis para frequentar as Salas de Chuto contam-se sobretudo os já doentes com HIV+;
Por outro lado pensar que assim se consegue trazer para a rede de saúde os mais degradados é esquecer que faz parte da sua própria atitude aproveitar-se da rede de saúde pública para não sair. Dos bairros degradados saem os que são perseguidos pela delinquência associada à sua marginalidade e não os que o Estado ajuda a serem marginais;
Pode-se suspeitar que existam interesses corporativos associados às estruturas técnicas do Estado que pretendam ver avançar esta hipotética nova frente de trabalho;
Sugestão:
Estude-se qual seria efectivamente a eventual população que frequentaria as Salas de Chuto através de um organismo independente das estruturas estatais (por exemplo, através de Gabinetes de Estudo das Universidades);”
Com a devida vénia, pela oportunidade e interesse que o assunto merece, o Interregno volta a publicar parte de um texto da autoria da Associação Vale de Acór, comunidade terapêutica para o tratamento de toxicodependentes.
Vladimir Soloviev
“...O mundo inteiro indiferente com a desgraça daqueles dezanove anos. O primeiro dever da civilização é evitar que fiquem os desgraçados pelo caminho!
Os desgraçados são a vergonha da humanidade, são a desonra da civilização!
Mas a vida passava-se lá muito acima disto tudo, ocupada com a vida de todos, indiferente á vida de cada um.”
Almada Negreiros
Salas de chuto
“Parece ser um problema nascido mais da imaginação das juventudes partidárias e do BE do que da atenção à realidade;
O partido do Governo parece estar mais comprometido com compromissos tácticos do que convicto da bondade de tal medida;
Se as Salas de Chuto pretendem diminuir os riscos de contágio com o HIV+ erram o alvo. Os eventuais dependentes contagiáveis pretenderam outra coisa que não ser elencados e identificados. Entre os toxicodependentes que eventualmente se encontrem disponíveis para frequentar as Salas de Chuto contam-se sobretudo os já doentes com HIV+;
Por outro lado pensar que assim se consegue trazer para a rede de saúde os mais degradados é esquecer que faz parte da sua própria atitude aproveitar-se da rede de saúde pública para não sair. Dos bairros degradados saem os que são perseguidos pela delinquência associada à sua marginalidade e não os que o Estado ajuda a serem marginais;
Pode-se suspeitar que existam interesses corporativos associados às estruturas técnicas do Estado que pretendam ver avançar esta hipotética nova frente de trabalho;
Sugestão:
Estude-se qual seria efectivamente a eventual população que frequentaria as Salas de Chuto através de um organismo independente das estruturas estatais (por exemplo, através de Gabinetes de Estudo das Universidades);”
Com a devida vénia, pela oportunidade e interesse que o assunto merece, o Interregno volta a publicar parte de um texto da autoria da Associação Vale de Acór, comunidade terapêutica para o tratamento de toxicodependentes.