sexta-feira, setembro 01, 2006

Maré-cheia

Umas curtíssimas férias, belíssimos dias, as tardes na praia, anos de vida, e poucas notícias como convêm. Apenas uma curiosidade fugaz pelo ‘caso Mateus’, que fecha ao rubro a época balnear.
Sou parte nesta história, herança belenense que não desarma, e dir-se-á que o tema não reúne elevação suficiente para um interregno, pois é questão estritamente desportiva, e como tal deve ser tratada nos locais próprios e pelos órgãos competentes. Como se vê é impossível escapar-lhe, e sem querer vou repetindo argumentos, pois de argumentos se constrói esta terra... sem argumentos que lhe valham, para além da consabida vontade de uns quantos, mais teimosos e perseverantes do que nós.
Os telejornais abrem com o ‘caso Mateus’, em que todos se ameaçam e ameaçam ter razão, mas nós já sabemos como tudo vai acabar: pela surra, de fininho, sem grandes estragos, o Gil Vicente vai para a Liga de Honra, com a necessária compreensão pela sua luta estóica contra a maldade do mundo que a própria FIFA encarna! E pronto.
Se pudéssemos passar sem ela, não me refiro à vaidade, mas á FIFA, se pudéssemos passar sem a selecção das bandeirinhas, sem os três clubes do estado, sem as grandes finais em que vamos todos, sem a glória das medalhas que a FIFA nos dá! Se pudéssemos organizar por aqui, uma FUFA ou uma FOFA, à nossa maneira, com as regras que a gente gosta, a ganhar sempre, não queríamos saber da FIFA para nada, seríamos os primeiros a trair esta prepotente organização a que só pertencemos porque nos dá jeito.
Muito bem, e que outras novidades perdi?!
Nada de importante a não ser este problema de última hora relacionado com a nossa participação na força internacional que vai para o Líbano: então não querem lá ver que serão os castelhanos a comandar o nosso minúsculo contingente!
Isso nunca, quando vamos a algum sítio, nem que seja um português sozinho, só aceitamos ser comandados pelos ingleses, até porque já estamos habituados.
Mas a praia, repito, estava óptima.

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