Mateus, jogador de futebol angolano, contínuo amador nas horas vagas, mal sabias tu que serias o responsável pelo fulminante ‘pacto de silêncio’ que PS e PSD resolveram celebrar, com o louvável intuito de distrair a opinião pública e fingir que algo vai mudar na republica dos compadres.
Estás a ver Mateus, porque é que és tão importante!? Na tua ingenuidade, diz-me lá uma coisa – que País é que aguenta, que Governo é que tem estômago para assistir impávido à permanente notícia de que Portugal é um palco de batota, com direito a desmentidos que são autênticas confissões de fraude organizada, um espectáculo transmitido em directo pela televisão, a bater recordes de audiência!
Tens que admitir que era preciso acabar com a tua novela (e a do apito ressuscitado) para dar um cheirinho de seriedade a tudo isto.
É claro que ‘isto’ não é fácil de compreender e digerir por quem tenha a memória a funcionar. Tu não te lembras, Mateus, mas este ‘pacto de justiça’ era uma velha ambição dos políticos, incomodados com as escutas e a possibilidade, felizmente evitada a tempo, de poderem ser incomodados pela justiça. Mas havia na altura procuradores desavindos, juízes desalinhados, jornalistas abelhudos, não era portanto possível fabricar qualquer pacto, até porque o povoléu andava desconfiado que tal acordo se destinava a abafar processos, como o da Casa Pia, e os figurões não se atreveram a avançar.
Agora que esses processos repousam em paz, era o momento propício para dar um sinal à população de que a república está atenta e que pretende pôr a justiça a funcionar.
Não percebi, Mateus – Estás a perguntar-me se não concordo com a necessidade de uma reforma profunda na justiça portuguesa?! Se não concordo com a redução substancial das dilações processuais?! Com a redução de admissibilidade de pedidos por dívidas comerciais?! Com a reorganização dos tribunais?! Com garantias de separação de poderes que o Tribunal Constitucional não dá?!
Claro que concordo, Mateus.
Mas tu acreditas, que sem uma mudança de regime, sem a introdução de um árbitro que não faça parte dos compadres, que será possível mudar alguma coisa nesta terra?!
Estás a ver, Mateus, tu também não acreditas.
Estás a ver Mateus, porque é que és tão importante!? Na tua ingenuidade, diz-me lá uma coisa – que País é que aguenta, que Governo é que tem estômago para assistir impávido à permanente notícia de que Portugal é um palco de batota, com direito a desmentidos que são autênticas confissões de fraude organizada, um espectáculo transmitido em directo pela televisão, a bater recordes de audiência!
Tens que admitir que era preciso acabar com a tua novela (e a do apito ressuscitado) para dar um cheirinho de seriedade a tudo isto.
É claro que ‘isto’ não é fácil de compreender e digerir por quem tenha a memória a funcionar. Tu não te lembras, Mateus, mas este ‘pacto de justiça’ era uma velha ambição dos políticos, incomodados com as escutas e a possibilidade, felizmente evitada a tempo, de poderem ser incomodados pela justiça. Mas havia na altura procuradores desavindos, juízes desalinhados, jornalistas abelhudos, não era portanto possível fabricar qualquer pacto, até porque o povoléu andava desconfiado que tal acordo se destinava a abafar processos, como o da Casa Pia, e os figurões não se atreveram a avançar.
Agora que esses processos repousam em paz, era o momento propício para dar um sinal à população de que a república está atenta e que pretende pôr a justiça a funcionar.
Não percebi, Mateus – Estás a perguntar-me se não concordo com a necessidade de uma reforma profunda na justiça portuguesa?! Se não concordo com a redução substancial das dilações processuais?! Com a redução de admissibilidade de pedidos por dívidas comerciais?! Com a reorganização dos tribunais?! Com garantias de separação de poderes que o Tribunal Constitucional não dá?!
Claro que concordo, Mateus.
Mas tu acreditas, que sem uma mudança de regime, sem a introdução de um árbitro que não faça parte dos compadres, que será possível mudar alguma coisa nesta terra?!
Estás a ver, Mateus, tu também não acreditas.
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