Perante uma plateia com mau perder Salazar ganhou folgadamente o concurso dos grandes portugueses. Deu-se até ao luxo de escolher quem o devia acompanhar no pódium! Com inegável desportivismo convidou uma pretensa vítima e um falso opositor!
Tudo isto, como se compreende, deixou em estado de choque a nomenclatura de Abril presente ao acto! E foi o bom e o bonito – Odete, completamente descomposta e a reclamar uma consulta dentária de urgência, não se conteve e desatou a gritar palavras de ordem contra o fascismo, enquanto a escanzelada Pinhão insistia em dizer umas gracinhas também escanzeladas. Rosado Fernandes, pelo contrário, considerou que a votação maciça em Salazar correspondia a um voto de protesto face ao actual desgoverno!
Mas não havia nada a fazer, a consternação tomou conta da sala e nem as palavras ponderadas, e educadas, de Jaime Nogueira Pinto, tiveram o condão de sossegar aquelas alminhas!
O que impressiona é haver quem pensasse noutro resultado depois de trinta anos de manipulação histórica e de propaganda contra a segunda república, já para não falar da ignorância em vigor!
Então um homem que governou durante quarenta anos um país, poderia tê-lo feito sem mérito, e apenas apoiado na força?! Isso cabe na cabeça de alguém?! E onde está o país que o apoiou durante esse tempo? Desapareceu por artes mágicas?
Para além de Jaime Nogueira Pinto, apenas uma outra intervenção merece destaque porque afinal explicou lapidarmente a razão da vitória de Salazar – ele foi a última representação política do Portugal histórico que estávamos ali a tentar celebrar. Uma representação imperfeita, é certo, inadequada e condenada ao insucesso, pois que lhe faltava o vínculo que assegura a continuidade e a perenidade pátrias, mas ainda assim a representação que para os portugueses se aproximava mais desse ideal e se afastava mais do descalabro anterior. E este voto acaba por confirmar que esse desejo de regresso à tradição, aos caminhos da portugalidade, se mantém na grande maioria dos portugueses. Foi aliás essa constatação que ninguém quis fazer após terem sido conhecidos os resultados!
Já sei que se trata de um mero concurso e que estas votações são aleatórias, mas não se enganem, o concurso pode ser tudo isso, mas nos outros países onde também se realizou, não houve, nem este clima de suspeição e guerrilha, nem esta diferença de votos!
Dá que pensar.
Tudo isto, como se compreende, deixou em estado de choque a nomenclatura de Abril presente ao acto! E foi o bom e o bonito – Odete, completamente descomposta e a reclamar uma consulta dentária de urgência, não se conteve e desatou a gritar palavras de ordem contra o fascismo, enquanto a escanzelada Pinhão insistia em dizer umas gracinhas também escanzeladas. Rosado Fernandes, pelo contrário, considerou que a votação maciça em Salazar correspondia a um voto de protesto face ao actual desgoverno!
Mas não havia nada a fazer, a consternação tomou conta da sala e nem as palavras ponderadas, e educadas, de Jaime Nogueira Pinto, tiveram o condão de sossegar aquelas alminhas!
O que impressiona é haver quem pensasse noutro resultado depois de trinta anos de manipulação histórica e de propaganda contra a segunda república, já para não falar da ignorância em vigor!
Então um homem que governou durante quarenta anos um país, poderia tê-lo feito sem mérito, e apenas apoiado na força?! Isso cabe na cabeça de alguém?! E onde está o país que o apoiou durante esse tempo? Desapareceu por artes mágicas?
Para além de Jaime Nogueira Pinto, apenas uma outra intervenção merece destaque porque afinal explicou lapidarmente a razão da vitória de Salazar – ele foi a última representação política do Portugal histórico que estávamos ali a tentar celebrar. Uma representação imperfeita, é certo, inadequada e condenada ao insucesso, pois que lhe faltava o vínculo que assegura a continuidade e a perenidade pátrias, mas ainda assim a representação que para os portugueses se aproximava mais desse ideal e se afastava mais do descalabro anterior. E este voto acaba por confirmar que esse desejo de regresso à tradição, aos caminhos da portugalidade, se mantém na grande maioria dos portugueses. Foi aliás essa constatação que ninguém quis fazer após terem sido conhecidos os resultados!
Já sei que se trata de um mero concurso e que estas votações são aleatórias, mas não se enganem, o concurso pode ser tudo isso, mas nos outros países onde também se realizou, não houve, nem este clima de suspeição e guerrilha, nem esta diferença de votos!
Dá que pensar.
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