Um dia havia de ser e aproveitando alguma polémica gerada pela ‘nação carente’ aqui fica o meu pensamento sobre os direitos e deveres dos inquilinos do Palácio de Belém. A ideia é no entanto mais abrangente e estende-se ao respeito pela herança, à relação entre o ocupante e o proprietário legítimo.
Não temos dúvidas que se trata de uma ocupação republicana em sentido estrito, visando apropriar-se de algo que julga ser seu por ser do povo, domínio público que deve ser nacionalizado. Tem o sabor ou o travo de uma desforra perante o inimigo vencido, foi com a mesma índole que se transformaram em quartéis antigos Conventos e Capelas. É um episódio de guerra civil, é a vida nos países ocupados, mas não deveria ser assim nas comunidades que se reclamam da mesma herança! Que gostam de cantar o mesmo hino! O problema é que não gostamos nem desgostamos, e porque somos incapazes de receber condignamente a herança, de a integrar no dia a dia das nossas vidas, somos também incapazes de transmitir seja o que for, refiro-me aos valores que conformam a identidade de um povo!
Mas voltemos ao Palácio de Belém para dizer que o proprietário legítimo não é o povo, mas a história desse povo, que deve também incluir os vindouros, se quisermos que a história continue, vindouros que têm naturais e justas expectativas em relação à herança que nós já recebemos. E a herança não é um museu, ao contrário do que muitos praticam, é antes sinal de vida, sinal de futuro.
O pensamento já vai longo e não queria terminar sem deixar também aqui um sinal de esperança, e por isso espero que não tenhamos que chegar à conclusão que seria mais prático e mais pacífico construirmos uma residência de raiz para os presidentes da república, residência que não teria naturalmente Capela, sem os riscos portanto de ser profanada, nem a tentação de ofender os católicos.
Não temos dúvidas que se trata de uma ocupação republicana em sentido estrito, visando apropriar-se de algo que julga ser seu por ser do povo, domínio público que deve ser nacionalizado. Tem o sabor ou o travo de uma desforra perante o inimigo vencido, foi com a mesma índole que se transformaram em quartéis antigos Conventos e Capelas. É um episódio de guerra civil, é a vida nos países ocupados, mas não deveria ser assim nas comunidades que se reclamam da mesma herança! Que gostam de cantar o mesmo hino! O problema é que não gostamos nem desgostamos, e porque somos incapazes de receber condignamente a herança, de a integrar no dia a dia das nossas vidas, somos também incapazes de transmitir seja o que for, refiro-me aos valores que conformam a identidade de um povo!
Mas voltemos ao Palácio de Belém para dizer que o proprietário legítimo não é o povo, mas a história desse povo, que deve também incluir os vindouros, se quisermos que a história continue, vindouros que têm naturais e justas expectativas em relação à herança que nós já recebemos. E a herança não é um museu, ao contrário do que muitos praticam, é antes sinal de vida, sinal de futuro.
O pensamento já vai longo e não queria terminar sem deixar também aqui um sinal de esperança, e por isso espero que não tenhamos que chegar à conclusão que seria mais prático e mais pacífico construirmos uma residência de raiz para os presidentes da república, residência que não teria naturalmente Capela, sem os riscos portanto de ser profanada, nem a tentação de ofender os católicos.
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