Há quem pense que devia ter saído mais cedo, há quem pense que nunca devia ter entrado, mas Gaspar, homem inteligente, saíu na hora exacta. Foi o tempo suficiente para mostrar que estava isolado no governo, e que era o único que tinha uma estratégia para conter a despesa do estado. Boa ou má, isso é outro assunto. Os outros, se me permitem a imagem velocipédica, limitaram-se a seguir na sua roda, havendo inclusivé alguns (Portas é o melhor exemplo) que várias vezes fizeram questão de chegar atrasados à meta por puro eleitoralismo. Ideias para Portugal, zero. Ideias para mudar o Portugal socialista que herdámos da revolução de Abril, nenhumas. O que até se compreende. Pois se foi este estado socialista que os levou ao poder, para quê porem-se agora com aventuras?! Daí que o regime continue 'soviético', ou seja, monstruoso, quer no que toca à despesa, quer no que toca à intervenção.
Assim, neste imbróglio, o melhor mesmo é entregar o estado socialista aos socialistas. Tem a dupla vantagem: - acabam-se os biombos, papel reservado actualmente aos partidos ditos de direita, e ao mesmo tempo obriga-se a esquerda a governar... com o menino nos braços. Então talvez seja possível responsabilizar os socialistas pelos dislates que fatalmente irão cometer. O que já não seria mau.
Quanto ao Gaspar, e sem ser adivinho, o seu gesto tem algumas semelhanças com o que aconteceu com Salazar. Também ele, a dada altura, bateu com a porta. Mais tarde tiveram que o ir chamar. O problema era o mesmo - a insuportável dívida do estado. Uma especialidade da esquerda.
Saudações monárquicas
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