Granadeiro, em linguagem corrente
ex-patrão da PT, foi depor à Comissão do BES. Mais um, de um rol interminável onde a inocência e a falta de memória andam de mãos dadas. E para
garantir outra veracidade às suas declarações fê-lo sob juramento ao abrigo,
segundo afirmou, da sua ‘crença religiosa’ e das suas ‘convicções republicanas’!
Melhor seria que não tivesse dito nada.
Em Portugal e para que conste, católico
e republicano são duas condições que se excluem, a não ser para os ignorantes ou
para os espertos. Não sei efectivamente a que categoria pertence o antigo
administrador da PT mas deduzo que conheça quer a história, quer as afinidades do
partido republicano português. Para além da estreita ligação à maçonaria, obediência
incompatível com a fé católica, e ao seu braço armado, a Carbonária, ninho
de terroristas e regicidas, o partido republicano pretendia não apenas
submeter, mas erradicar a religião católica do espaço português. Digamos que
quase o conseguiu.
Portanto a convicção não é feliz
e a invocação da crença também não. A não ser na parte em que confessou uma pequena
parte dos negócios ruinosos.
Saudações monárquicas
Nota básica: Eu sei que o teor do
postal, nomeadamente no que se refere à incompatibilidade entre catolicismo e
republicanismo, é susceptível de incomodar muita gente. Mas nestas questões não
posso ser simpático ou omitir factos históricos. Por isso, e também em nome da
verdade, não vale a pena introduzir conceitos sobre a ‘república’ que não são
para aqui chamados. Afirmar-se republicano em Portugal, mesmo nos dias de hoje,
tem um conteúdo próprio que não podemos escamotear. Conteúdo diferente dos
tempos da Roma antiga, e diferente também do título de ‘Defensor da república’
ostentado pelos reis de Portugal. Nada de confusões.
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