Está na moda compararmos tudo com
a Grécia mas isto aqui, o Portugal de hoje, é incomparável! No pior sentido do
termo. Não me fica bem dizer mal da Pátria mas fechar os olhos, fingir que
vamos no bom caminho também não é solução. Há uma doença infantil e uma
esperteza saloia que misturadas transformam tudo numa intragável mistela. Há
uma intelectualidade bacoca que arruína todas as ideias. Exemplos ao acaso, sem
ordem nem grandeza:
Comecemos pelos dias mundiais 'não sei de quê'!
Ora bem, é visível que os dias
internacionais são o máximo para as nossas elites de esquerda! E justificam, amplamente,
que os dias nacionais que representaram algo de palpável na nossa história, e
que por azar coincidam no calendário, sejam remetidos para o ecoponto! O dia da
independência nacional menorizado pelo dia da Sida; o dia de São João de Deus,
santo português que inspirou hospitais e misericórdias, substituído pelo dia
internacional da mulher não se sabendo ao certo se é a maternidade ou a
igualdade dos sexos que se quer celebrar! Veja-se em abono da dúvida o atleta
Nelson Évora, recente medalhado no triplo salto, de saltos altos em ridícula
homenagem, presumo, aos saltos altos!
Entretanto a intriga prossegue na
televisão. Num dos canais pontifica Marcelo Rebelo de Sousa, eminência parda do
regime, um católico republicano (!), incansável doutrinador, incansável na sua
ambição, administrador perpétuo da Casa de Bragança, bens privados que Salazar nacionalizou,
pois bem, Marcelo dá conselhos a Costa enquanto vergasta correligionários! Passos
Coelho pelos seus pecados fiscais, Cavaco pela desvalorização do facto. E assim
vai tecendo a sua candidatura à presidência da república. Seria a cereja no topo
do bolo! A quarta república revisitada por um afilhado de Marcelo Caetano!
E termino com mais um sintoma preocupante!
Não lhe quero chamar intelectualidade, que não existe, talvez infantilidade
seja o termo apropriado. É assim – o último festival da Eurovisão foi ganho por
uma mulher com barba. Pois bem, a RTP não quer ficar atrás e responde com uma
concorrente octogenária. O que é que tem de mal?! Nada. Não convém contrariar
as crianças, podem fazer birra.
Saudações monárquicas
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